Protesto contra o racismo e xenofobia ocorrerá dia 21 em SP
Imigrantes africanos e diversos grupos sociais farão ato político após um mês do assassinato de estudante angolana, cobrando pedido de desculpas do Estado Brasileiro
Uma ampla articulação denominada “Mobilização Zulmira Somos Nós" realizará um ato político e inter-religioso em protesto pelo assassinato da jovem angolana Zulmira de Souza Borges Cardoso, morta no Brás – São Paulo, após ofensas racistas e tentativa de chacina contra outros 3 imigrantes africanos.
O ato está marcado para às 16:00h da quinta-feira, dia 21/06, no Pátio do Colégio, em frente a Secretaria de Justiça – Centro de São Paulo e terá a participação do movimento negro, imigrantes e amigos de Zulmira.
Ao mesmo tempo, paralelo ao protesto, entidades negras, movimentos sociais e associações que atuam com imigrantes no Brasil irão protocolar no Palácio do Planaldo (Casa Civil) uma Representação com Pedido de Providências dirigida a Presidenta Dilma Rousseff, Ministros da Justiça, Promoção da Igualdade Racial, Relações Exteriores e Trabalho/Emprego – por serem estes os Ministérios responsáveis por políticas ligadas a imigrantes e o combate ao racismo.
No documento o grupo requer da Presidenta Dilma um imediato pedido de desculpas para a família dos agredidos e para a comunidade angolana no Brasil. Requer também acompanhamento do caso pelo Ministério da Justiça e Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial/SEPPIR, mudanças na legislação migratória e inclusão no projeto do novo Código Penal de agravante por racismo em todos os crimes comuns.
O crime ocorreu dia 22 de maio. Zulmira comemorava com diversos amigos em um bairro muito frequentado por imigrantes africanos. O agressor teria chamado angolanos de macacos. Houve discussão. Cerca de 20 minutos depois o homem que diria um carro voltou armado e disparou contra o grupo, ferindo 3 angolanos e matando Zulmira.
Outros protestos já ocorreram em vários estados do país. Haverá um ato ecumênico dia 22, às 18h, na Rua Riachuelo, n. 268 – Centro.
O inquérito ainda não foi concluído. O movimento negro e a Comissão de Direitos Humanos da ALESP terão encontro com o Secretário de Segurança Pública de SP para pedir rigor na investigação.
Contato:
Bas´ilele Malomalo – Professor/ IDDAB – 9700-2298
Cleyton W. Borges – Advogado/ CDHIC – 8622-5360
Louise Edimo – Jornalista 8979-5868
Marseu de Carvalho – Comunidade Angolana – 6063-0348
Lúcia Udemezue – Câmara Municipal – 9433-9219
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