segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Para Nelson Maca

Jackson do Pandeiro
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Couro de gente
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"O artista é como pandeiro, mesmo quando apanha,
emite um som parecido com a alegria
para que os seus possam dançar
como se nada estivesse acontecendo.
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Sergio Vaz
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CASA DO ZEZINHO OFERECE CURSOS GRATUITOS

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Clique no cartaz para ampliar
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sábado, 26 de fevereiro de 2011

SEGUNDA-FEIRA É DIA DE CINEMA NA LAJE

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DESTA VEZ A LAJE CAI
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Cinema na laje é um espaço criado pela COOPERIFA e que acontece quinzenalmente às segundas-feiras para exibições de documentários e filmes alternativos de todas as partes do Brasil e do mundo, exibidos gratuitamente para a comunidade.Também criado principalmente para dar luz ao cinema produzido pelos jovensda região, e levar cidadania através da sétima arte. As exibições ficam por conta da Paco´s Vídeo.O cinema Paradiso da periferia também conta com um lanterninha vestido a caráter para dar um charme especial no projeto.
A Entrada é franca. A Pipoca é grátis. E a lua sincera.
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CINEMA NA LAJE
Apresenta:
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"GRETCHEN Filme Estrada"
Um Road movie com Gretchen por muitos Brasis
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Um documentário de Eliane Brum e Pachoal Samora
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Segunda-feira 28 de fevereiro 20hs
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Após exibição haverá um bate-papo com os diretores do documentário
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Laje do Zé Batidão
Rua Bartolomeu do Santos, 797 Jd. Guarujá
Periferia- SP
Inf: 72074748
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SINOPSE:

Em 2008, Gretchen candidatou-se à prefeitura da Ilha de Itamaracá, em Pernambuco, pela coligação PPS-PV. A rainha do rebolado completava 30 anos de carreira e queria parar de rebolar. O documentário “Gretchen Filme Estrada” conta estes dois movimentos: aquela que seria a última turnê, caso vencesse a eleição, e a primeira campanha política.
Seguindo o balanço dos quadris de Gretchen nestes dois palcos – o palanque e o picadeiro –, o filme nos carrega por vários Brasis. Nesta estrada, bunda, religião, mídia e política se confundem. Circo e eleição são dois espetáculos sobrepostos. E Gretchen é uma brasileira tão real que parece inventada.
Artista parida na TV, nos antigos programas de auditório dos anos 70, Gretchen vai ao circo para sobreviver sempre que o vazio na agenda se alarga. Percorre um roteiro de circos mambembes pelos confins do Nordeste brasileiro, em bilheterias de dois reais. Neste país que a acolhe, dois reais é muito, às vezes demais. Nele, ela é a “artista conhecida nacional e internacionalmente”. Ela é a TV que chega até lá encarnada. Ao vivo, às vezes se torna difícil de acreditar. Para muitos ela parece mais verdadeira na tela. A polêmica se instaura. É Gretchen ou a mulher do palhaço? As luzes da TV confundem e fora do jogo de imagens a platéia não sabe mais onde está a ilusão.
Candidata que sobe ao palanque para dizer que não é política, Gretchen promete levar a TV à Ilha de Itamaracá. Esta é a “mudança” que garante aos eleitores. Colocar Itamaracá dentro da tela. No final da campanha, ela não apenas promete levar a mídia, como afirma: “Eu sou a mídia”. Ao longo deste percurso, ela se alia ainda a Jesus. A religião não é mais uma experiência do privado, mas cada vez mais uma aliada pública. Na última caminhada o jingle de campanha é trocado pela música da Igreja Renascer, a dos bispos Sonia e Estevam Hernandes. Gretchen chama Jesus e é o “Pai” agora que a elege prefeita.
O mundo do espetáculo aceita tudo. Nele, as palavras são vazios que preenchem o nada. No palanque, Gretchen, a rainha do rebolado, é política, é bunda, é Jesus, é Leila Diniz. O que é o real entre o circo e o picadeiro?
Esta estrada nos perturba com perguntas, mas não dá respostas fáceis. Aos poucos, tudo o que resta é o filme. A câmera. Quando não há mais nenhuma esperança de ganhar a eleição, o real passa a ser encenado como espetáculo.
Gretchen Filme Estrada é um filme sobre a alegria. E sobre o absurdo. Um documentário sobre o Brasil.

REVISTA CAROS AMIGOS, NAS BANCAS

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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

ENCONTRO INTERDISCIPLINAR NO CENTRO CULTURAL SÃO PAULO

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É NESTE SÁBADO
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foto: eduardo toledo ENCONTRO INTERDISCIPLINAR

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DEBATE VILA CIDADE
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Bate-papo com o poeta Sergio Vaz
Poesia, sarau e periferia
Exibição do Doc. Poesia no ar - de João Claudio Sena
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Sábado 15hs 30
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Centro Cultural São Paulo - Sala Lima Barreto
Rua vergueiro, 1000 Paraíso

SEXTA-FEIRA É DIA DE PANELAFRO

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ORAÇÃO DE UM VIRA-LATA - por Sergio Vaz

Oração de um vira-lata - por Sergio Vaz

A música "Wake up everybody" (acordem pessoasl) de John Legend e Roosts" ainda me faz acreditar no ser humano, no sonho de um mundo mais justo e melhor. Há dias eu a ouço, como um mantra, antes de sair pras batalhas das ruas, antes de enfrentar os leões que nos espreitam nas dificuldades do cotidiano, nas vielas das incertezas e na cruz da mediocridade que nos assombra.
Esta música tem sido a minha bíblia, meu alcorão e meu torá, isso, é claro, sem desrespeitar a religião de ninguém, digo porque há muito tempo não sou sintonizado em algo tão sagrado e honesto. Porque muitas vezes ter juízo, é a prova de já se está no final.
Aliás, falando em religião, queria aproveitar pra dizer que sigo um Deus chamado "Amor" e é só pra ele que ajoelho, que rezo.
E este Deus que habita meu coração, só me ilumina quando amo outras pessoas, quando amo o que faço. E ele só se manifesta quando as mentiras que conto pra mim não afeta o coração de outras pessoas.
E que o Deus que mora em mim, não deixa que seja escravizado, nem que escravize, porque a palavra liberdade está contida em todos os versículos dos meus dias. Para recitá-la em forma poema, não em sermão de montanhas inacessíveis, mas no riso que aquece a poesia do povo que tem fé no amanhã.
O Deus todo poderoso chamado Amor faz com que o sal de minhas lágrimas transforme-se em calos nas mãos, para que nunca esqueça que nada cai do céu, e que minhas derrotas e vitórias também nascem dele, e que o medo de lutar é um inferno com mil areias movediças em que o covarde se atola.
O Amor que está em mim e você, não sabe o que faz, por isso muitas vezes é crucificado, por isso não deve ser seguido. Quem ama erra.
Quem segue o Amor sabe que o milagre não está na vida, mas na coragem de viver.
Quem acredita no amor reencarna todos os dias no paraíso.
Amém.








WAKE UP EVERYBODY - JOHN LEGEND AND THE ROOTS




Acordem, pessoal
Chega de ficar enrolando na cama
Chega de ficar pensando na vida
É hora de pensar no futuro

O mundo mudou
Muito
Do que costumava ser
Há tanto ódio
Guerra e pobreza, oh, oh

Acordem, todos os professores
É hora de ensinar de uma nova maneira
Talvez então eles ouvirão
O que vocês têm a dizer

Porque são eles que estão chegando
E o mundo está nas mãos deles
Quando você ensina as crianças
Ensina a eles o melhor que puder

O mundo não vai ficar melhor
Se o abandonarmos, não, não, não
O mundo não vai ficar melhor
Nós temos que mudar, é
Só você e eu

Acordem, todos os médicos
Deixem os idosos bem
São eles que sofrem
E que ficam com o inferno

Mas eles não têm muito tempo
Antes do dia do julgamento final
Então por que você não os deixa felizes
Antes que eles morram?

Acordem, todos os construtores
É hora de construir uma nova terra
Sei que podemos fazer isso
Se todos dermos uma mão

A única coisa que temos que fazer
É colocarmos isso na nossa cabeça
Certamente as coisas vão dar certo
Elas funcionam toda vez

O mundo não vai ficar melhor
Se o abandonarmos, não, não, não
O mundo não vai ficar melhor
Nós temos que mudar, é
Só você e eu

É a hora de Deus
De manhã eu acordo
Só pelo sopro da vida já agradeço ao meu Criador
Mamãe diz que eu vivo do tráfico
Eu só penso em prédios e terras
Você diz que nos levará de volta ao nosso lugar
Tento escrever uma música doce como um salmo
Embora eu seja do tipo que carrega um fardo pesado e
abre o coração
Mesmo quando eu caí, eu acreditei em Deus
Nós somos os dias
Temos que percorrer o labirinto e a estação incrível
Temos que alimentá-las e criá-las
Estações são asiáticas
Terremotos, guerras e fofocas
Quero que a gente se dê bem
Mas nós somos mais do que mero consumidores
Somos mais do que atiradores
Mais do que saqueadores
Criados nessa imagem
Para que Deus viva através de nós
E mesmo nessa geração que só vive por computador
Só o amor, amor, amor pode nos reiniciar
Vamos lá

Acordem, pessoal
Acordem, pessoal
Preciso de ajude, aí
Sim, preciso, preciso de uma ajudinha

Aí, pessoal, preciso de uma ajudinha
Acordem, pessoal
Acordem, pessoal
Acordem, pessoal

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Homem Arara - Babilônia


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SARAU DA COOPERIFA

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A NOITE DAS NOTÍCIAS MARAVILHOSAS
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fotos: viviane de paula
Daniela e Dill. O que a Cooperifa une... rsrs
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Povo lindo, povo inteligente,
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quando a gente pensa que o sarau da Cooperifa nos surpreende com suas noites maravilhosas, eis que vem sempre uma outra quarta-feira com mais brilho e positividade na nossa quebrada.
Quem não conhece o nosso sarau pode até achar que estou inventando essas coisas lindas que estão acontecendo na periferia de São Paulo, culturalmente falando (é claro), pode ser que seja sonho, pode ser. Mas só vendo pra crer.
Começamos o Sarau com o grupo vocal "A Quatro vozes" enchendo de boa música nossos corações, com direito a ouvir "Miss Celie´s blues" do filme "A Cor púrpura", um luxo em plena zona sul da capital. Só que é, sabe do que estou falando.
Depois o Dill fez sua poesia e logo em seguida pede a mão da Daniela em casamento, com aliança e tudo, muita gente foi às lágrimas com este gesto de amor e carinho. Coisa mais linda de ver, um lugar onde a gente aprendeu a lutar, o amor prevalecendo.
Em seguida James Bantu anunciou que passou para uma nova fase no programa "Ídolos", depois a Lu Souza disse que saiu sua aposentadoria numa das escolas em que ela dá aula, o Márcio Batista anunciou que sua filha Gisele está indo estudar nos Estados Unidos, e o sarau virou um grande mar de alegria, e uma puta energia abençoou nossa noite. Ah, os poetas! Eram para mais de sessenta, e no final, uma poesia em espanhol de uma argentina que veio com a Marina (não lembro o nome), e a gente deu Gracias a la vida, numa das noites mais amorosas de nossas quartas-feira.
Foi a noite das notícias maravilhosas.
É isso. Estamos aprendendo a gozar. Fazer filho a gente já sabe.
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Se é que não foi um sonho, a gente se vê por aí.
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Sergio Vaz
vira-lata da literatura


Grupo A QUATRO VOZES

Vista aérea do Sarau da Cooperifa

Sorrisos largos...


As divas do Quatro vozes

Roberto Ferreira

Mãos ao alto!

James Bantu é nosso ìdolo

Du Gueto, Priscila, Px, James, JB e Fábio Boca

Dill, Marcio, Rose, rato e Fino

Slim e amigos


Rir com amigos, conhece religião melhor?

Alan, Marina e a amiga de Buenos Aires

Dill, Daniela, João Claudio e Zinho Trindade

Priscila preta e Rose UMOJA

Valmir Vieira, Samuca e Marcio Batista

Rodrigo Ciríaco e eu

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

SARAU DA COOPERIFA - 10 ANOS

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GRUPO VOCAL "A QUATRO VOZES"
NO SARAU DA COOPERIFA
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SARAU DA COOPERIFA - 10 ANOS

*atenção para os horários
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23 de fevereiro Quarta- feira

20hs: grupo Vocal "A QUATRO VOZES"

20hs45: SARAU DA COOPERIFA

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Bar do Zé Batidão

Rua Bartolomeu dos Santos, 797 Jd. Guarujá

Periferia - SP

F: 58917403


*Sobre o espetáculo:
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O grupo vocal A QUATRO VOZES, formado pelas irmãs Dora, Jurema e Jussara e sua sobrinha Thatiana, acompanhadas de um quarteto de instrumentistas – buscam fazer música popular brasileira de maneira apaixonada. A necessidade da música em suas vidas é herança da mãe, que cantarolava enquanto colhia café, no interior de Minas Gerais, encantando o coração do pai, então militar que fazia guarda por perto. Com determinação e paixão buscaram oportunidades para expressar um trabalho, fruto de dedicação, estudo e pesquisa da cultura brasileira. De igrejas e manifestações populares, passam a apresentar-se em festivais e bares, já em São Paulo. Música expressada com liberdade, interação e envolvimento social e com arranjos vocais trabalhados em quatro timbres

SARAU RAP ESTÁ DE VOLTA NESTA QUINTA-FEIRA!

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SARAU RAP - Poesia das ruas
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Dia 24 de fevereiro (quinta-feira) 19hs30
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Projeto "Poesia das Ruas" Ritmo e Poesia.
O Projeto Poesia das Ruas é um sarau dirigido a rimadores e rimadoras do Rap.
É um espaço para o exercício da criação poética.
Sem música, MCs declamarão suas letras, compartilhando talento literário.
Iniciativa do poeta Sergio Vaz,o Sarau do Rap é realizado em parceria com a Ação Educativa
e acontece toda última quinta-feira do mês.
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Fundador e coordenador do Sarau da Cooperifa, Vaz, pretende buscar,através da oralidade, umincentivo para a criação poética.
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Rap é ritmo e poesia (rythman and poetry).
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Ação Educativa
Rua: General Jardim, 660 - Vila Buarque - SP
Entrada: Gratuita
Capacidade de lotação: 200 pessoas
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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

RELANÇAMENTO DO LIVRO "COLECIONADOR DE PEDRAS" NO SARAU DA COOPERIFA

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20 ANOS DE POESIA!
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SARAU DA COOPERIFA - 10 ANOS
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Relançamento do livro
"Colecionador de pedras" 20 anos de poesia
de Sergio Vaz
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Dia 16 de fevereiro 20hs30
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Bar do Zé Batidão
Rua bartolomeu do Santos, 797 Jd. Guarujá
Periferia - SP
Infs. 72074748?58917403
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MANIFESTO CULTURAL

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MANIFESTO
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É preciso sugar da arte
um novo tipo de artista: o artista cidadão.
Aquele que não sua arte
não revoluciona o mundo,
mas também não compactua com a
mediocridade
que imbeciliza um povo
desprovido de oportunidades.
Um artista a serviço da comunidade, do país.
Que armado da verdade, por si só,
exercita a revolução.
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Sergio Vaz
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do livro "Colecionador de pedras" (Global Editora)
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"Revolucionário é todo aquele que quer mudar o mundo
e tem a coragem de começar por si mesmo"
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Sergio Vaz
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VEM AÍ...

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PRÊMIO COOPERIFA - 10 ANOS
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Prêmio "Dom Quixote de La Perifa" 2007
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Para todo(a)s aquele(a)s que direta ou indiretamente
ajudam a transformar a periferia num lugar melhor pra viver.
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Aguardem
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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

UNIDOS DA PEDRA DO REINO

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Unidos do Morro - Pirajussara - Taboão da Serra


UNIDOS DA PEDRA DO REINO - SÉRGIO VAZ
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Pois é povo lindo e inteligente deste país, depois de mais um ano de espera ,até que enfim é Carnaval. Dizem alguns que no país o ano só começa depois das folias de Momo. Para alguns eu acho que sim, para outros acho que o ano nunca começa como devia ter começado.
Mas enfim, como a vida sempre desafina, são aqueles que seguram as cordas é que mantem os trios életricos nos trilhos.
O Carnaval é o Prozac do país, por onde quer que você olhe as pessoas estão felizes. Ou parecem que estão. Sei lá, deixa a cuíca roncar, não quero atravessar o samba de ninguém, só queria entender o refrão.
Nunca fui um folião do tipo confete e serpentina, ou Pierrot diante de qualquer Colombina, o samba nunca esteve ou passou pelos meus pés, sambando estou mais para o robocop.
Passista frustado, as minhas fantasias coloco na vida real.
Sem brilho nenhum, nunca tirei dez em nenhum quesito qualquer, mas apesar da falta de ginga, como quase todo brasileiro, também gosto de Carnaval.
Pena eu não ser uma cria da avenida como realmente gostaria de ser. Queria que cada veia minha fosse uma corda de cavaquinho, e mesmo sem saber batucar em caixa de fósforo, já quis ser mestre de bateria e atear fogo no ouvido da multidão. Mas tenho que admitir que estou muito mais para quarta-feira de cinzas do que praça da apoteóse.
O Carnaval é quando o povo decreta a felicidade, nem que seja apenas, por quatro míseros dias.
Falando em escolas de samba -essa beleza fantástica criada pelas mãos calejadas e abençoadas pelo suor do povo brasileiro-, parece que elas saíram das aventuras do livro de Ariano Suassuna “A pedra do reino", e os seus personagens parece que foram escritos especialmente pela alas dos compositores Mário Quintana do cavaco, Manoel de Barros do pandeiro e Eduardo Galeano do morro da poesia.
Se liga nos nomes que atravessam a avenida com uma caneta atravessa o papel: pavilhão, mestre-sala e porta-bandeira, ala das baianas, harmonia, evolução, mestre de bateria, rainhas e princesas, carro alegórico, tamborim, alegoria, abre-alas, comissão de frente, velha-guarda, e por aí segue o poema.
Essas palavras, todas elas, rimam com gente simples, que é um outro poema bonito de se ler.
Por ter sido sempre da ala da melancolia, o carnaval soa pra mim como um velho samba antigo na voz triste do mestre Cartola, e o meu coração, esse puxador de samba da memória, mais parece um velho palhaço perdido no meio do salão.
Nesse mundão velho e fora de ritmo, o povo brasileiro é o único que consegue transformar sofrimento em festa, sem usurpar a alegria de ninguém.
E com o suor pisado no rosto e o sangue escorrendo nos pés, a gente entoa um mantra do Jair Rodrigues como se implorasse aos céus:
“... tristeeeeza por favor vai embora.”

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

MANIFESTO CONTRA O RACISMO NO BANCO DO BRASIL

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James Banthu
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LUCIANO DIMIS DA SILVA foi à agência do BANCO DO BRASIL, situada à Rua Rego Freitas, n. 530, República, São Paulo-SP, no dia 09 de fevereiro de 2011, por volta das 14h30, para descontar seu salário pago em cheque pela Ação Educativa no valor de R$ 504,00 (quinhentos e quatro reais). Na porta giratória que dá acesso aos caixas do Banco – onde descontaria o cheque e receberia o dinheiro em espécie – foi diversas vezes barrado: não havia armário para colocar sua mochila, em que levava um computador portátil (Laptop).
Após abrir várias vezes a mochila, todos os bolsos e mostrar que não levava nenhum objeto que oferecesse risco à segurança do banco, os seguranças ainda assim o impediram de entrar. Enquanto estava com a mochila apoiada no chão e aberta, a segurança feminina que estava ao seu lado chamou um Policial Militar que passava fora da agência.
O Policial Militar, por sua vez, revistou novamente sua mochila, onde não achou nada. Após LUCIANO DIMIS DA SILVA perguntar para o PM se ele podia entrar na agência, ele disse “vamos para o canto para eu te revistar”.
Determinou arbitrariamente que ele fosse até a parede e colocasse suas mãos na cabeça, quando o revistou, no saguão interno do banco, ao lado dos caixas. No canto, disse em tom agressivo, com o dedo em sua cara, coisas do tipo: “Você precisa me respeitar!”, “Coloca a mão para trás!”, “Cala a boca!”, “Se eu quiser, se eu mandar, eu posso até te deixar pelado aqui!”, “Só fala depois de mim; cala a boca!”, “Se você não calar a boca, eu vou te algemar aqui!”. Neste momento, sentou-se no chão, pois suas pernas estavam trêmulas, e continuava recebendo ordens e “lições de moral” do Policial.
Após todo esse embate, LUCIANO não tentou mais entrar no Banco, nem receber o dinheiro de seu cheque, o que está provado pela cópia que acompanha este documento. O Policial Militar disse: “isso aqui não problema de cor, de religião, nem de nada.” ao que o LUCIANO respondeu:
“Quem está falando em cor aqui é o senhor!”. Saiu do banco humilhado e atordoado, esqueceu seu RG, que estava com o Policial, e que teve que voltar para pegar.
O impedimento de entrar no Banco seguido das inúmeras humilhações às quais foi submetido são completamente injustificados – dado que ele não levava nenhuma arma ou instrumento que pudesse colocar o Banco em risco – e não se negou a abrir a sua mochila para mostrar o conteúdo.
*Se ele não oferecia nenhum risco a segurança do banco, já que não estava armado, por que foi proibido de entrar? Racismo!
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Assine o manifesto que vamos encaminhar as autoridades competentes e ao Banco do Brasil:
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Sergio Vaz - Cooperifa
Euler Alves - Instituto UMOJA
Eduardo José Barbosa - MH2R
Daniela Mara dos Santos
Emerson Alcalde - Extremos Atos
João Augusto Neves Benedetti - Grupo Nus corre
Gabriela de Jesus Nunes - Carapicuíba
Júnior Braz - Caranguejúnior
Maíra Dias de Souza
Moisés dos Santos - Vato das ruas
Fernando F. Paganatto - Mov. Juventude Contra a velha pol. e levante socialista - PSOL
Éric Brasil (dj Fiel) - SBC
Cizenando Cipriano Jr.
Rafael Jácome - BH
Homo Homini Lupus Hermes Machado dos Santos (VS grupo Instinto)
Leonardo Brito - blog do Mural
Roseane ribeiro - Hip Hop mulher
Conceição Oliveira - Educadora, autora de coleções didáticas e blogueira http://www.mariafro.com.br/
Núcleo Cultural Força Ativa
Elizandra Batista de Souza
Wilian da Silva Jan~es - mundo of world
Felipe Vieira Borges
Nelson Maca - Blackitude - BA
Edilson Cruz da Silva - MC
Michelle de Souza Alves
Dandara - Coletivo Traficando Informação
Luiz Pattoli - jornalista
Jairo Periafricania
Marcio Vidal Marinho
Robson Canto
Ingrid Hapke - Universidade de hamburgo - Alemanha
Thiago Miranda dos Santos Moreira
Roseli Magalhães
João Claudio de sena - Documentarista
Augustinho Dias
Marina Vergueiro
Andre Maleronka
Jucka Anchieta - Prof. Filosofia (Nação Hip Hop Brasil)
Renan Guilherme de Souza - (grupo QI Alforria)
Carlos Pereira da Silva jr. - Carlos carlos - Bola e arte
Yeko Herrera - Jornalista
Rômulo Mendes - jornalista
João Paulo de Jesus Silva - Vanguarda do Rap Nacional
Oscar Bento Lopes Jr.
Fernando Anitelli - O Teatro Mágico
Jamile Raimundo - RS
Vanessa Soares - Frente Nacional de mulheres do Hip Hop
Emerson Oliveira - SP
Diana Ferraz - Familia MLK
Carlos Moraes - MC
Aline Cristina Rocha
Fernanda Favaro - Jornalista
Jéssica Angelina M. da Silva
Paula Silva de Farias
Raquel Almeida da Silva - Sarau Elo da Corrente
Ana Fonseca - Massala Diversidade Cultural
Viviane de Paulo - Cooperifa
Edmauro - Cocão - Cooperifa/Versão Popular
Marcelo Caldas
Camila de Oliveira - SP
Adriana Alcânta Sousa
Mateus 'Subverso" - Posse Suatitude - Edições Toró
Sandro Augusto Lima De Souza - Banda Preto Soul
Vagner Rodolfo da Silva - estudante de Biblioteconomia - USP
Luciana C. B. da Silva - Luciana Cooperifa
Lucélia Jerônimo
Edison Luiz Corrêa Lucena Jr. - RS
Fabíola Ribeiro - http://www.vozdarua.com.br/
Renan Basilato (bem Loko) - Capão Redondo
Anderson Gomes Soares
Evelin Mintegui
Jorge Washington - Bando de Teatro Olodum
André Luiz de Vasconcelos
Ana Cristina Martins
Ian Varella
Eduardo Gomes Bispo
Diego Assis Augusto Nascimento - Prof. de História
Carlos Eduardo Galvão
Zé Sarmento
Filipe Annechino Gomes - São José dos Campos - SP
Marcus Vinicius Rodrigues da Silva - Enraizados - RJ
Peu Pereira - Documentárista
Nubiha K. Modesto
Michele Correa Leite
Marcus Vinicius - Marcão Baixada
Catarine C. Carvalho
Bruna Rodrigues Ramos
Vivicius leal de Moraes - Peruíbe - SP
Andressa Lima de Souza - Carapicuíba - Banda Preto Soul
Philipe Terceiro - Terceira Safra
Anne Senir Rocha
Daniel Santos - músico e Designer - SP
Jana de Mattos - SP
Flávia de Almeida - SP
Doulgas Murayama Corbetto - SP
Rhayro Oliveira
Daiana Aparecida Correa - Professora - Piracicaba-SP
Carmen Faustino - Educadora - SP
Geraldo Franca de Araujo - SP
Eliane Cortez Justamand
Michel Justamand - Prof. Dr. UFAM
Bruno de Oliveira Moura Sales
Zilda E. Gonzaga
Victor Silva dos Santos - Estudante?rapper Salvador-BA
Matheus Araujo - Editor Portal TV Cultura
Ricardo Henrique Almeida Santos - São José dos Campos
Renata cristina Lima de Arruda - Lins - SP
Janaína Teixeira de Oliveira - estudante - Mogi Guaçu
Marcio Vinicius maia - Salvador - BA
Eduardo de Souza Joaquim
Equipe ORAPINFORMA
Hosana Souza - Cultura NI - RJ
Thiago Vinicius - União popular de mulheres do Campo Limpo
Rafael mesquita - União pop...
Claudio Matos - Banda Preto Soul e união pop...
Katia Regina - União pop...
Vitória Paixão - união pop...
Fernada Mourão - União popular de mulheres do Campo Limpo
Liz de Abreu Lacerda - SP
Pedro Alan Lima - Petter MC
Pedro Aurélio C. de A. Oliveira
Thiago de Souza Borges - jornalista - http://periferiaemmovimento.wordpress.com/
Ana Paula fernandes Rodrigues - SP
Ana Carolina Leme Betelha - Mau-a-SP
Roberta Feitosa da Silva - Bebé Feitosa - Arte Educadora - Barueri -SP
Leandro Alvino
Marcelo Ribeiro - ZS - SP
Andréa P. Rissardo Lujan
Círculo Palmarino
Fanti Humilde
Eliza Ribeiro Capai
Rafael ferreira - estudante - SP
Bruno Hoffmann - jornalista
Luciana de Jesus Dias - Cinebecos/Umoja
Edilene Borges - Historiadora - SP
Robson Luquêsi
Leandro Resende de Freitas - estudante
Gilberto Kurita Yoshinaga
Ellen Motta Assad
Jefferson Carvalho - Web-designer
Zinho Trindade - músico e poeta
Ricarda Goldoni
Jeferson dos Santos - Tubarão - Santos - SP - http://www.dulixo13.blogspot.com/
Rodrigo de Moraes Pinheiro
Jenyffer Nascimento - estudante
Lucas Lujan - Igreja Betesda de SP
Diego Menegaci - jornalista
Haroldo Oliveira
Gabriel Valadares Borin - jornalista
Rafael Calvi Anic - publicitário/artista de rua
Joyce Ribeiro - Estudante USP Leste Bantu
Sergio Bueno - SP
Floriza Soares - estudante - Natal - RN
Juliana Barros - SP
Layla Arruda (Quilombo) Hi-fi) SP
Luci Domingues
Rosa Maria Falzoni - Assistente Social - Funcionária pública
Geremyas Emmanuel Gonçalves
Camila de Souza Trindade - Embu - SP
Daniel Santiago
Bárbara Gama
Daniel Minchoni - poeta e diretor de arte
Wésley Nóog - músico
Romulo Lopes de Souza - COLETIVOZ
Eliana Souza
Mauro José Santos Junior
Prpof. Ricardinho Sales - http://viveremfesta.blogspot.com/
Reinaldo Pomponet
Rodrigo felipe "Kenan" http://www.baoobaa.com/
Ana Luiza Biazeto - jornalista, pesquisadora (PUC-SP)
Carolzinha Teixeira - Artista Plástica
Silvana Martins - Sarau da Ademar
Shidon Soares
Gabriela Nunes
Plínio de Arruda Sampaio - PSOL (via twitter)
Gabriela Reis Oliveira - Historiadora
Adilson (Dill) Magno - Ator - arte-Educador
Helio de São Leão Oliveira
Nina Vieira - (Anna Carolina Vieira)
Carlos Mosmann
Eunice Santiago Albertini
Filiph Neo - Cantor e produtor
Daniela Gomes - jornalista
Renato Candido - Cineasta
Adriana Valéria Nascimento
Nascimento Batista da Silva
Gil Marçal - Produtor Cultural
Sidmar Oliveira Ferreira
Gerson Brandão - Educador Popular
Leandro Hoehne - Grupo doBalaio e Rede Livre - ZL
Fabíola Alves - Santo André - SP
Priscila Alves - Santo André - SP
Jeferson Santana
Elizeu Jessé Gomes
Thiago Luiz da Silva Lima
Danilo Dara - Historiador - SP
Luana Priscilla Reis Pinheiro - Prof. História (Rede estadual)
Binho - Poeta
Suzi Aguiar - Educadora
Denis Bitencourt Sales - Jd. São Luiz
Rafael Henrique de Assis - Militante da Cultura MH2R
Diego Otávio de Jesus - São José do Campos - SP
Luciana Aleva Cressoni - Professora e estudante de Pedagogia UFSCAR
Vander Clementino Guedes - Coletivo Tenda Literária- Rede Cultura - ZL
Raphael Levi dos Santos Daniel - SP
Anderson Lima da Silva
Camila Alves Feldhaus - Brasília - DF
Thânísia Marcela Alves Cruz
Estevão Silva
Débora Pontes da Silva
Laíza de Jesus - RJ
Débora Fabiane Aleixo Giolo - Assistente Social
Akins Kinte
Maria Júlia Pontes - Professora e Escritora
Crônica Mendes - Músico
Michel Ceriaco - Sarau Elo da Corrente
Eliane Maria de Santana
Tatiane Félix David
Ferreira Barreto
Roger André Conceição - RS
Maria de Lordes Peixoto - Negra e Professora
Lizamorin
Jordana Lopes Peixoto
Lila Barbosa
Reinaldo Reis - Negro Rei - Professor
Jéssica Rodrigues Gonçalves - editora baoobaa.com
Keli Regina - Pastoral Afro Achiropita
Jannete Santiago
Vilma Neres - Jornalis - Salvador - BA
Eduardo Cezar Lima - Recanto das Emas-DF
Alessandra Kelly Tavares - Negra Paulistana - Cientista Social
Éveri Sirac Nogueira - DF
Jsé Felipe C. Figueiredo
@tvtatica
Clementino Junios - Cineasta - RJ
Katharina Goldoni Ferreira - Estudante - SP
Regina Maria Faria Gomes - Psicologia - SP
Luana de Medeiros Botelho - Artista e educadora (ass. Ocareté e confraria das águas) SP
Elaine Cristina Mafra - http://www.rapnacional.com.br/
Willian de Souza Domingues - Rap Nacional
Adriana Milagres - Nega Produções - RJ
Maria Paula fernandes Adinolfi - Antropóloga - Salvador - BA
Renata Hummel - São Vicente - SP
Gildean Silva Pereira (Panikinho)
Nilton Silva
Luiz Vagner Madruga Simões - Músico, prod Cultural - estudante Direito
Raiza Félix
Chester Prestes Pra Baldi Jr - Alemanha - Mestrando
Igor de Bruyn Ferraz
Fábio Windson de Aguiar - Banda Preto Soul
Daniela Gomes - Jornalista
Lucas Aureliana
Katia Ramos
Renan Santos de Santana - Santos _ SP
Giovana de Almeida - Olinda - PE
Thesco
Sandro R. dos Santos - Juv. negra pela paz - Blackitude - BA
Anderson Benelli da Silva
Tania Pacheco
Danielly Pereira
Junior Bellé - Jornalista
Sergio Pereira
Thiago Correia da Comunidade Quilombola de Sião
Jéssica Ap. Moreira André - Comunidade Cultural Quilomaque
Diogo de Souza - Brasilia
Gilberto Mucio
Menininhas Angels
Débora Adão - UneAfro Brasil - Poá - SP
Elis Teixeira - ITCP - USP
Vasconcelos Filho - Estudante UFAM
JunioRG - OTRAFACE - CE
Deivinson Suzart - Dick (cr)
Germano
Thiago Fernandes Castro - Mogi das Cruzes - SP
Jorge André Bandeira de Paula
Tatiana Ivanovici - http://www.doladodeca.com.br/
Wagner Alves Silva - MG
Tamires Gomes Sobral Consultora - SP
Nivaldo "paulo Borges" Assessor de formação da ACNAP-PR
Mar eu
Jorge Luiz de Lima
Fuzzil - poeta
Kacciana Amorin
D. Rooger Real - 2: Caulim - Suzano - SP
Helenilson Campos - BA
Luciana Tavares de Lyra - Quinteiro João Pessoa-PB
Roger Neves - informativo Ôxe - Francisco Morato - SP
Fabia Pierangeli - Informativo Ôxe/Tetaro Girandolá - Francisco Motato - SP
Wladimir Rocha
Ana Paula Nunes - SP
Janaína Monteiro - Professora
Raimundo Queiroz - AM
Petto
Djeilson - Nação Hip Hop
Alberto Jorge Rodrigues - AM
Laura Elizabeth Utrills Méndez - Chiapas - México
Socorro Van Aerts - Amasterdam - NL Holanda
Por nós mesmos
Laurianne Franco de Lima - Ass. de comunicação - Manaus - AM
Marcia Maria de Oliveira - Huelva - Espanha
Eduardo Sterzi - Escritor
Thiago de Castro Carvalho - SP
Natália Neris - estudante - SP
Vicente Donisete Fugueiredo - SP
Mara M. de Andréa - Bióloga
Alex Ratts - Antropólogo
Rose Dérea - Cooperifa
Lu Souza
Brau Mendonça
Daniela Mendes Albuquerque
Maycon Tavares - Curitiba
Rogers Wendel
Albertina do Carmo Cunha - SP
Mirian Andrade - Cidadã Negra
Paulo
Elvio Fernandes Gonçalves Jr.
Janaína Oliveira - Re. Fem - RJ
Geralda Aparecida Dias - Professora da Rede pública
Daniel Teixeira Lima - Professor e Sociólogo
Janaína Leite - SP
Josy
Daniel Gomes dos Santos - Grupo QI Alforria
Antônio Francisco Rodrigues de Freitas - Movimento estudantil - UNEB
Willian Lopes Santos (vaganju) Projeção Diadema-SP
Felipe Figueiredo - DF
Eder - Alcatéia
Marcelo Dopi
Ligia Gonçalves Sanchez
Marcelo Ferreira - São Vicente
Sil Kalaia - Movimento Hip Hop - Salvador - BA
Wagner Barroso da Silva
Divanise Maria de Lima
Patricia Azevedo
André Marques Araujo - Manaus - AM
Bruno Rafael - Dj Boby Diadema-SP
Daniela Behara
Terno
Olivia
Dayana Bavaroti
Sueveli Cintia dos Santos - SP
Jucca JC
Mel Amaro Duarte
Douglas Mariano - Soldado do baixo escalão
Luciana Silva Pimentel - SP
Eduardo Godoy - Pirituba - SP
Lígia Lúcio - Educadora - SP
Débora Ap. Monteiro
Guma - Fotógrafo - SP
Will Damas - Dramaturgo Grupo Clariô
Trio Praskabeças
Raquel de Souza Bianchi
Poliana Ferreira dos Santos - Itaim Paulista - SP
Naiana Soares Padial
Joyce Ferreira - Taboão da Serra - SP
Juliana Góis Cerqueira
Mônica Augusto - Atriz e Educadora
Daniela Faria Gabriel - Estudante - SP
Lucía Tennina - Prodessora da Universidad de Buenos Aires
Marcelo Siles Alves - Rapper - Bom Jesus de Itabapoana - RJ
Marisa Alves de Souza - Professora
Ana Maria dos Santos - Advogada - SP
Samanta Cristina Germano Ferreira
Aline de Campos Sebastião
André C G Sales - Vulgo Vandré na base da fé
Ana Carolina Miskalo
Igor Alencar - CAMBENAS
Julia Stempozescas - Juiz de Fora - MG
Elane Carneiro Albuquerque
Andrea Paixão
Rafael Lourenço Martins - Empresário SP

NOITE MÁGICA NO SARAU DA COOPERIFA: TEATRO E POESIA

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UH, COOPERIFA! UH, COOPERIFA!
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fotos: viviane de paula




Povo lindo, povo inteligente,
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as noites de quartas-feiras nunca mais foram as mesmas, pelo menos para nós Cooperiféricos, desde outubro de 2001, há dez anos, e parece que daqui a mais dez anos elas nunca mais serão iguais. Haverá sempre uma quarta-feira mais mágica do que a outra.
Haverá sempre um brilho diferente no olhar das pessoas que frequentam o sarau, um brilho que só a poesia é capaz de imprimir em nossas almas.
Não, a vida não é, e nunca foi fácil, mas sem a nossa dose semanal de poesia, poderia ser muito pior. Para quem ainda não entendeu, o Sarau da Cooperifa é isso: a luta por dias melhores na periferia.
E pra noite ficar mais linda do que sempre foi, tivemos antes do sarau a honra e o privilégio de assistir o espetáculo teatral "Solano trindade e suas negras poesia" com a Cia Capulanas de Arte Negra, que instintivamente inaugurou uma nova empreitada da Cooperifa, o Teatro na Laje. Aguardem.
A Cia Capulanas levou tudo que teve direito à laje do Zé Batidão, em termos de produção, som e imagem. O quintal da Cooperifa se rendeu à dramaturgia das guerreiras(os), e deve ter gente aplaudindo até agora. Bravo! Bravíssimo!
Sob a a benção do poeta Solano Trindade o sarau entrou noite adentro, e mais ma vez a comunidade lotou o bar, e a poesia encharcou-nos de honra e dignidade, como tem feito desde o início, há dez anos, quando ela era apenas coadjuvante em nossas vidas. À Poesia, tudo!
É isso. As noites do Sarau da Cooperifa tem sido nossos melhores dias.
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Uma década de atividades culturais na periferia de São Paulo,
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Sergio Vaz
Vira-lata da literatura