POESIA NA VEIA
Povo lindo, povo inteligente,
domingo fui dar um rolê no Rio de janeiro para participar da "Mostra Meu Meio" que faz parte dos eventos da RIO + 20, a convite da minha amiga e ativista cultural Marta Porto> Porém como foi um rolê monstro, e um dos finais de semana mais bacana da minha vida vou contar como se fosse um diário:
Às 10hs chego no Rio e sou recepcionado pelo meu amigo e irmão MC Leonardo da APAFUNK e segui para o MAM para tomar um café com o GOG que já estava nos esperando na tenda Cúpula dos povos. Detalhe, a manhã estava linda.
Às 10 e pouquinho saímos eu e MC Leonardo para a Biblioteca Parque da Rocinha.
Umas 11hs chegamos na Biblioteca da Rocinha que é uma coisa linda de ser ver na favela: biblioteca viva. Chegou Marta Porto, Piva, Bruno, e foi chegando o pessoal da roça, do poesia de esquina, Viviane, Tatiana, Wellington, Júnior (irmão de Leonardo) Cecília, Joílson, e mais, e mais, gente.
Meio-dia começo o Sarau da Rocinha junto com todos que comparecem no teatro da Biblioteca, Sim, tem um teatro na biblioteca. Vamos falando poesia e as crianças vão pegando os livros e vão recitando também. Que manhã pessoal! Histórico. A Poesia subiu o morro literalmente.
Uma e pouco fomos almoçar no restaurante da favela, picanha na pedra. Delícia. Ah, chegou o Henrique Brandão da NKP e se juntou ao bonde.
Duas horas partimos com nosso bonde para o Museu do meio Ambiente onde realizei outro Sarau na Mostra MEU MEIO. O GOG e a Vera Saboya chegam também, e mais o Vavá, e vão juntando gente, vão juntando gente como se seguissem o rastro da poesia. Eu, parecia criança em parque de diversão, ria de tudo. Pra todos.
Uma quatro horas fomos tomar um chopp na Gávea que ninguém é de ferro.
Às 19hs partimos para o Morro do Vidigal para assistir a estréia da peça "Bandeira de retalhos" do Grupo Nós do Morro, a convite do meu irmão Gutti Fraga. A Peça foi escrita por Sergio Ricardo, músico e morador da favela. Ele foi aquele cara que quebrou o violão num desses festivais de MPB dos anos 60/70, depois vou falar mais dele, por enquanto quero falar da peça. A peça é do caralho!
Acho que foi a peça mais louca que já assisti. Foda demais. Sem palavras. Nâo sei se foi a trilha musical do sergio Ricardo, A direção do Guti, ou a entrega dos atores, o clima da favela... só sei que a peça me arrebatou. Não vou falar mais porque vou escrever a resenha.
Logo após a peça fomos tomar uma cerveja na birosca da Soninha, e se junta ao bonde André Ramiro, os atores da peça, e mais um bando de gente. O Morro do Vidigal nesse momento, guardado suas devidas proporções e dificuldades, era o melhor lugar do mundo pra se estar.
Meia-noite partimos para o baile Funk da Rocinha, mestre Tojão nas pick-ups. Conheci Tojão que é amigo do Leonardo num outro rolê no Rio. Aí, o baile é meu primeiro Pancadão. Da hora.
Lá pelas 3hs da manhã passamos num restaurante para comermos um lanche, e encontramos o João que coordena o Sarau do Corujão e mais alguns amigos. bate-papo sobre poesia, saraus, literatura....
Quatro, dormi. Eu acho.
É isso. Um rolê pelo Rio como nunca tinha feito antes. Se a polícia sobe o morro, por que a poesia não pode também?
Ah, dia 7 de julho é o sarau da Cooperifa na Rocinha.
Não posso fazer nada, só estou praticando o discurso. Poesia na veia.
sergio vaz
Mc Leonardo, GOG, Eu e Henrique Brandão
GOG, Gutti Fraga, Marta Porto, Leonardo, Amiga, Eu e Henrique Brandão
Vidigal à noite
Poetas da Rocinha
Casarão, teatro do Nós do Morro
Tietando os atores
Sarau na Rocinha
Na Rocinha com Tatiana, Wellington, Viviane, Leonardo, Júnior e Cecília
Rocinha
ó que progresso! é isso aí a poesia subindo o morro e invadindo todos os cantos do brasil e do mundo! to maravilhada com o texto e as fotos! fiquei com vontade de ver essa peça! muito progresso poeta!!!! muito orgulho!!!!
ResponderExcluirUhhh Cooperifa!!! é 11!!!