A DESINFORMAÇÃO É UMA DROGA

Fernando Grostein, Eu, Natale e Sebastían Marroquín 

Sebastían Marroquín, pacifista, filho do ex-traficante Pablo Escobar do cartel de Medelin

Povo lindo, povo inteligente,

no sábado estive presente no Auditório do Ibirapuera para assistir o filme "Quebrando Tabu" de Fernando Grostein e participar de um debate com a presença do cineasta e do pacifista colombiano Sebastían Marroquín, que é filho do ex-traficante Pablo Escobar, que já foi um dos maiores no anos 80. Se quiserem saber mais sobre os dois, assistam ao documentário "Os pecados do meu pai" disponível no youtube.É bem louco.

Antes passou o documentário do "Ajoelhaço da Cooperifa" da Nina Fideles. Já assisti mil vezes, mas é como se fosse a primeira vez.

Já vou logo dizendo que o documentário "Quebrando Tabu" é da hora, não faz apologia às drogas, mas chama a sociedade para o debate, ou seja, o que ela ganha com a proibição ou com a legalização? Descriminalizar é o mesmo que legalizar? Vale a pena discutir..

O Filme é muito informativo por várias questões, e já combinei com o Fernando pra passar no Cinema na laje e fazermos um debate no Zé Batidão, o bicho vai pegar.

Quero deixar claro que como ex-fumante de cigarro e usuário de cerveja (droga ilícita) sou a favor da descriminalização das drogas e da legalização da maconha, mesmo não sendo usuário. Porque grande parte da juventude que lota as cadeias são usuários, e usuários não devem ser tratados como criminosos, e se viciados, devem ser tratados como problema de saúde. 

A Proibição gera a violência, corrupção e desinformação.

Já se gastaram trilhões de doláres nesta tal guerra às drogas... a polícia prende um traficante e surge outro em seu lugar, me parece que é enxugar gelo com dinheiro público. 

É só a minha opinião, não faço apologia a droga nenhuma, até porque sou um militante da cultura, da poesia, porém sou a favor de um debate profundo da sociedade, e respeito a opinião de quem é contra. Não acho que o cigarro, o álcool e as drogas sejam bons pra ninguém, se a pessoa pode ser feliz sem..., mas elas existem. O Preconceito sobre o assunto é também uma droga.

Na periferia a molecada está bebendo cada vez mais cedo e de forma abusiva, mas tem a tolerância de quase todos porque é uma droga social, e aí? Tem famílias destruídas pela cachaça, violência, mortes no trânsito, mas ninguém quer a prisão dos comerciantes de bar. Se proibisse a bebida será que o dono do boteco ia te atender com um fuzzil na mão?

Também não é minha bandeira acabar com o álcool ou proibi-lo, é só uma constatação. Até porque nos EUA tentaram, e viram do que deu: Al Capone.
Não consigo entender uma pessoa é presa por usar droga e na cadeia ela pode usar quantas drogas ela quiser.

Já vou logo avisando: não mexam na minha cerveja!

SOU UM MILITANTE DA CULTURA, DA POESIA, essa é a minha bandeira, minha vida,  mas antes de mais nada sou um democrata e acho que cada um deve fazer o que quiser com a sua vida, desde de que não prejudique a  do outro, e o assunto DROGAS me interessa sim, porque o estigma sempre cai na periferia, na favela, nos morros, quando na verdade os grandes traficantes, como diria Bezerra da Silva: "estão escondidos atrás da gravata e do colarinho".

Só acho que usuário não deve ser tratado como criminoso. É isso.

Apolologia só ao uso do livro.

E aí, qual a sua opinião?

*aprecie com moderação.

Sergio Vaz

cervejeiro