OBRIGADO!

Povo lindo, povo inteligente,

Pensei em um monte de coisas pra dizer sobre o lançamento do meu novo livro, e só que veio à minha cabeça foi: Obrigado!

É. Obrigado. Muito obrigado.

Nos últimos dias não tive tempo nem de atualizar o blog por conta da correria de atualizar a vida, por isso peço obrigado pela paciência e pelo carinho dos que aguardam e gostam, ou não, deste blog, segunda-feira volto com carga total.

À minha família, mulher, filha, amigas e amigos que ainda acreditam no meu trabalho, na minha poesia, que cobram a minha presença, mas entendem a ausência. Obrigado.

Obrigado especialmente por me fazerem grande, apesar da absoluta certeza da minha mediocridade. Da minha completa aptidão por fazer sempre as coisas erradas, mesmo gostando das coisas certas.

Obrigado à Cooperifa pelas quartas-feiras, quinta, sexta, sábado, domingo, segunda e terça em que passamos juntos comungando a palavra, a poesia, e principalmente dando significado ao sentimento amizade. Obrigado.

Obrigado ao tempo, por me esperar.

Obrigado a tantos outros que conseguiram vencer e que foram inspiração para que nunca desistisse da luta, e aos dias intermináveis de solidão tentando entender o porque de tantos fracassos, e a clareza de que sempre eu, ninguém mais, sempre fui o único responsável por estar sempre longe das vitórias.

Queria agradecer a todas as dificuldades que encontro e encontrei ao longo desse caminho tortuoso que é ser humano, num mundo tão grande, e tão pequeno ao mesmo tempo.

Obrigado a Eletropaulo que um dia, enquanto sonhava com a Cooperifa, cortou a minha luz, porque me trouxe luz que precisava, e a Volkswagem que um dia tomou o carro que comprei e não paguei, porque investi tudo em poesia quando botei o pé na estrada. Obrigado pelas bolhas.

Obrigado ao Hip Hop que lá pelos anos 90 deixava subir nos palcos para recitar poesia. Nunca vou esquecer quando eles diziam: Cadê o tiozim da poesia? Que tempo bom!

Obrigado ao Zé Batidão, porque se hoje lanço o sétimo livro, é porque em 1988 lancei meu livro no bar dele, e pra que não ficasse me sentindo fraco, fez salada de maionese com frango frito para os meus amigos, que em meio à gordura e poesia choravam ao meu lado num dos raros momento de felicidade plena.

Obrigado ao Sarau da Cooperifa por reunir todas aquelas pessoas maravilhosas num único lugar, obrigado por ser da periferia e ser conteporâneo de pessoas que são o centro do meu universo. O pouco de alegria que acumulei ao longo desse tempo, vem deles, vem desse lugar. Se pudesse lavava o chão do Sarau com a minha língua, e beijava os pés de todas aquelas pessoas mágicas que nos dão a dose necessária de sorriso para que a vida não nos enloqueça. Obrigado. Muito obrigado.

Queria agradecer também as pessoas que, com ou sem motivo, não gostam de mim. Porque se eu muitas vezes me abomino, porque raios teriam que gostar de mim? Ter inimigos também é bom. Muitas vezes eles são os únicos que prestam atenção no que a gente faz.

Obrigado aos que ainda acreditam.

Obrigado aos que divulgam minha poesia por aí, como se eu fosse um poeta de verdade.

Obrigado à vida por ter sido sempre dura comigo, porque aprendi a dar valor ao menor sintoma de felicidade.

Sou grato às ruas, pela sabedoria diária que se espreitam nos becos e vielas do nosso dia.

Obrigado.

É só. Muito obrigado.

Sergio Vaz

poeta