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Povo lindo, povo nteligente,
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a Virada Poética realizada pela Cooperifa em parceria com o SESC Santo Amaro que aconteceu nos dias 15 e 16 de maio foi um dos encontros mais bonitos de coletivos de poesia que agitam a periferia paulistana. E que não param de crescer.
No sábado e domingo enquanto rolava a Virada Cultural de São Paulo os saraus da Cooperifa, da Ademar, Elo da Corrente e da Brasa agitaram a estação de trem CPTM de Santo Amaro, numa autêntica demostração de força e união dos saraus que tomaram conta da cidade.
Quem não é de Sampa pode até não saber, mas por aqui estão acontecendo mais de 60 saraus nas quebradas. É isso mesmo. Sessenta saraus. A Poesia tomou conta dessa selva de pedra.
São Paulo pode até ser a terra da garoa, mas agora é também a terra da poesia. Quer os acadêmicos queiram, ou não.
E se já não bastasse tudo isso, assim que terminou a Virada Poética, saimos todos e todas num de bonde "poético"para o Sarau da Ademar, e lá já estavam o sarau do Binho, Da fundão, Pavio da Cultura, Feminarte e vários artistas da quebrada, foi um encontro maravilhoso.
Todo mundo unido em torno da poesia, da periferia. Parecia um sonho. Um final de semana repleto de poesia. Acho que nem a ONU já fez um encontro assim, só com gente boa.
Durante a semana todo mundo que me encontrava na quebrada queria saber porque a poesia da periferia não havia sido convidada para participar da Virada cultural. E que a prefeitura tinha que reconhecer os nossos movimentos culturais, que isso, que aquilo...
Sem esticar o chiclete, a resposta é simples:
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"Quando convidam, a gente vai, quando não, a gente faz. Não é a prefeitura quem tem de nos reconhecer, somos nós. Já era."
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"E tem mais, nós vamos fazer a VIRADA CULTURAL DA PERIFERIA. Preparem-se!"
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Queria agradecer a todos os saraus por esse encontro maravilhoso, que além de tudo mostra a nossa força, e que precisamos estar unidos para fortalecer, de uma vez por todas, a literatura que nasce nos subterrâneos da cidade.
Queria agradecer ao SESC Santo Amaro, por acreditar.
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Queria ter dois corações. Um para amar. O outro também.
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Sergio Vaz
Cooperifa
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*quando chegar as fotos eu publico.
Maravilhoso!!! Sou do Rio de Janeiro e estive em Sampa há pouco tempo para conhecer a produção da periferia paulistana, resultado: me apaixonei de cara!! Seu trabalho é fantástico, pois influencia muito de forma positiva muita gente. Adoraria ter participado dessas manisfestações poéticas que rolaram nesse fim de semana, mas em julho estarei de volta para fazer uma matéria sobre os Saraus Periféricos paulistanos, para o jornal A Voz da Favela, do qual sou repórter. Obrigada, Sérgio Vaz pela iniciativa transformadora.
ResponderExcluirÉ isso mesmo...
ResponderExcluirÉ um ato de muito valor, feito com muito amor...
Como me orgulho de fazer parte desse movimento...
O ato é uma atitude de coragem, e o resultado é motivo de prazer e orgulho.
Foi lindo ver a transformação, no olhar, no ouvir, no participar, na curiosidade. De algum jeito foi tocado e acrescentado algo bom em todos naquele momento.
Eu mudo a cada dia!
Muito obrigada, cooperifa!
Viviane