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SARAU DA COOPERIFA AQUECE FRIO DE SÃO PAULO
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o sarau da Cooperifa, que em outubro completa 9 anos de atividades poéticas na periferia de São Paulo, dia após dia prova que é um movimento fortalecido na quebrada, pois, pode esfriar, chover, ter novela, jogo na TV que o bagulho lota. Até quem não gosta vai. Rrsrs. Incrível.
E ontem sua maior riqueza foi a diversidade, tinha poesia para todo tipo de ouvido.
Outra dia, vai vendo a fita, um desses poetas "revolucionários" da periferia disse que não ia mais ao nosso sarau, porque tinha muita "batatinha quando nasce..." E que o nível dele... Em suma, ele era o cara. E nóis...
Ora, não sabe o idiota que o sarau é feito por pessoas da comunidade, gente simples, aquela mesma que ele finge defender quando escreve no papel. E que o grande barato está na diversidade de cada um, no despertar da poesia, no desabrochar da palavra que nasce da falta de letras, de vírgulas, dois pontos e ponto final. Só não falta amor em cada linha escrita.
E por conta desta simplicidade o poeta Marcio Vidal lançou seu livro "Receitas para amar no século XXI", um livro com poesias que falam de amor, o mesmo amor que Zumbi e Che Guevara tinham pelo seu povo. Este amor incondicional que Gandhi espalhou pela Índia, que Malcom X fermentou a fúria de seus atos, que Nelson Mandela depurou nos anos que ficou preso por amar a sua causa. Este mesmo amor que o mestre Cartola tinha pelo samba e pela Mangueira, este amor que a gente tem pelo seu Lourival, nosso poeta maior. E por aí vai.
Torno a repetir:"Se não ama tua causa, não alimente o ódio." É isso.
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Ao longo destas andanças, e não são poucas, descobri muita gente frustada achando que tem ideologia, e isso é muito perigoso, porque o "idiota tem sempre outro idiota que o admira."
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Prefiro acordar os adormecidos.
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Uh, Cooperifa! Uh, Cooperifa!
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Sergio Vaz
Zé Mané da Cooperifa
A febre foi mais forte que minha vontade nessa quarta...
ResponderExcluirParabéns Marcio Vidal pelo trampo, que mesmo sem ler tenho certeza do bom conteúdo, já que ouvimos algumas coisas nessas noites de Cooperifa!
O sonho é possível mano, e sinto mais possível ainda após conhecer esse mundo de diversidades de poetas e de vivências que é esse Sarau!
Realmente, se todos fossemos bons o sulficiente , não precisariamos uns dos outros pra aprender nada, e eu, pelo menos, preciso!
Instinto coletivo!
Bom muito bom mesmo.
ResponderExcluirMuitos tentam apropriar-se da história, sem fazer parte dela.
Podemos fazer de todas as informações recebidas e adquiridas, qualquer coisa, mas propagar a ação é para poucos.
Como os heróis citados acima, a cooperifa faz o mesmo.
A encenação deixa para o teatro...
A ação deixa pra quem sabe fazer!
Uh cooperifa!
Viviane
Eu adoro batatinha quando nasce, principalmente quando nasce na Periferia de São Paulo e não perde a sua essência!
ResponderExcluirQuando eu crescer quero ser uma zé mané igualzinho a você...rsrs
Não queira entender a insatisfação alheia, por mais que esteja ótimo ela sempre irá contrariar ... e contrariando os "contrários" seguimos alimentando os sonhos, os meus, os seus e os nossos, através da palavra.
Palavra poder para o povo, primitivo ou intelectual desde que seja honesto e no mínimo humilde, porque quem acha que sabe tudo, morreu! e nunca poderá ser considerado um poeta, pessoa em constante mutação mesmo quando nada procura. A busca pelo conhecimento e infinita, mas a resposta ao petulante acaba por aqui!
è foda, a inveja é foda carai. Esses caras que saem da cooperifa falando mal, não sentem o quanto é difícil ficar longe de algo legítimo. Se ele não gosta de nóis, manda ele pra academia das letras. E outra, o amor está nas coisas mais simples da vida. Abraços Sèrgio.
ResponderExcluirO que mais me encanta na Cooperifa é justamente a pulsão, a vontade, o fazer. Essa coisa de ser genuíno na simplicidade, sem rococós exagerados; essa defesa das verdades que a gente tantas vezes vê e não enxerga. Parafraseando Lenine, Cooperifa é singeleza e sofisticação de mãos dadas, nada de uma em detrimento do outra. Sabe, é no Bar do Zé Batidão que eu percebo, a cada novo sarau, uma redefinição ao óbvio. Porque existe tanta gente que fica procurando sentidos absurdos para coisas simples, que permanece algebriando o amor, as vontades, as ações, quando na verdade o que liga é a soma e a multiplicação da diversidade, do meu cada qual com o seu.
ResponderExcluirEnfim, só sei de uma coisa: a cada ida ao sarau, meu coração fica repleto, minha alma preenchida e esperançosa. Deixem os revolucionários verborrágicos com suas masturbações intelectuais... O que eu quero mesmo é redescobrir o óbvio. E é óbvio que vai ter sempre alguém pra questionar. Ao vencedor, as batatas já colhidas e que nascem a cada novo encontro cooperiférico.
E parabéns ao Márcio pelo trabalho que quero ler em breve. :D
Abraços!