terça-feira, 29 de junho de 2010

O PÚBLICO ENFRENTA FRIO E LOTA O CINEMA NA LAJE PARA ASSISTIR UOPIA E BARBÁRIE

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A COOPERIFA
AQUECE FRIO DE SÃO PAULO
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Povo lindo, Povo inteligente,
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eram mais ou menos 20hs30 quando começou a exibição do filme, nesse momento a noite estava quente uma lua cheia estampava o céu da nossa periferia, mas de repente bateu um vento frio em cima da laje, e uma nuvem, que deve ter vindo dos Estados Unidos, trouxe um frio de gelar os ossos, parecia um roteiro de filme de terror. É, mais de terror não tinha nada.
Na exibição do filme de Silvio Tendler "Utopia e barbárie" nem o frio, a novela, o jogo da seleção e nem mesmo o marasmo foi advesário para um público que lotou o Cinema na laje para prestigiar um dos melhores documentários exibidos no nosso quilombo.
Antes do filme o professor Carlos Gannazzi falou um pouco sobre os anos de chumbo e sobre o que foi aqueles anos pós-guerra. E era apenas um aperitivo para o que estava por vir.
Durante a exibição era possível perceber que o filme pegou a todos e todas de um jeito arrebatador, pois é um registro histórico sobre vários fatos do século 20 através de imagens e pela visão de vários cineastas. Uma verdadeira aula de história.
Depois do filme fomos para um bate-papo pilotado pelo jornalista José Arbex (Brasil de fato), Senador Eduardo Suplicy, Professores Alípio Freire, Luciano e Alessandro, e pelo ativista da causa Palestina Ibrahim.
É isso mesmo que você está lendo, em plena segunda-feira fria, na Cooperifa, periferia de São Paulo, estava rolando um tremendo debate sobre o filme e sobre as utopias que ainda alimentam jovens no Brasil e no mundo inteiro.
A Comunidade pirou com o eletrizante debate que se formou em torno do documentário.
O senador Suplicy falou da utopia do renda mínina, que é uma de suas causas, o José Arbex falou sobre o pessimismo em relação ao país e enfatizou que a ditadura no país ainda não acabou, pelo contrário, está apenas camuflada, o Alípio Freire deu uma aula de democracia e se mostrou menos pessimista que Arbex, apesar de concordar com a maioria de sua fala.
O professor Luciano disse que se considera um otimista em relaçao a um monte de conquistas da periferia, já o Alessandro se disse preocupado em saber que vários políticos que apoiaram a ditadura estão do mesmo lado do governo federal.
Algumas pessoas da comunidade disseram que o filme mostrou muitas coisas sobre a ditadura que nunca haviam aprendido na escola, e que o filme deu uma clareada para o entendimento para entender mais ou menos como foi o conturbado anos de regime militar.
Ah!, antes que me esqueça, no meio do debate o Suplicy entrou em contato com o diretor Silvio Tendler e ele participou via celular, e falou da importãncia do filme ser exibido na periferia, e que tinha ficado muito feliz pelo calor do debate. Queria aproveitar para agredecê-lo pela liberação do filme.
Bom, tudo isso rolando, cinema, comunidade, debates, nem preciso dizer que estava vivendo a minha utopia: uma periferia melhor pra viver.
É isso.
Só mais uma outra coisa, a laje quase caiu de tanta gente.
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Uh, Cooperifa! Uh, Cooperifa!
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Abs.
Sérgio Vaz


O Público lotou o Cinema na laje

Professor Carlos Giannazi


A laje quase caiu


O debate

Suplicy, Alípio Freire e José Arbex durante o debate

José Arbex: a ditadura ainda não acabou

Ligia e Suplicy

4 comentários:

  1. QUE ESPETÁCULO, SÉRGIO... FICO FELIZ COM ESSE DEBATE ACALORADO! ACREDITO NUM CINEMA EM QUE O FILME REALMENTE COMEÇA QUANDO OS CRÉDITOS FINAIS SOBEM E A GENTE VAI PRA RUA. SILVIO TENDLER É UM DOS NOSSOS. PARABÉNS PELO EVENTO. COOPERIFA TÁ BOMBANDO HEIN?! SALVE...

    DÉO

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  2. Tenho que confessar que minha ilustre presença carapicuibana foi abafada pela do Senador.. Arbee Alípio mas ainda sim valeu muito a pena rsrsrs

    Parabéns Cooperifa :)

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  3. É por essas e outras, Sérgio, que o Sílvio Tendler é meu cineasta preferido. Ele era quase um garoto quando começou a fazer seus filmes, e já naquela época fez sua escolha. Sabia de que lado estaria. Do lado do povo. Tenho certeza, de que ficou muito mais feliz nessa noite que vocês promoveram, do que se visse seu filme exibido em algum palácio.
    Filme tendo uma noite de lua como teto, Sérgio? Nâo é pra qualquer cineasta, nem pra qualquer público.É para gente que acredita no sonho,na poesia, na utopia.
    forte abraço
    Risomar Fasanaro

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  4. hahaha a ligia com o suplicy foi o melhor!
    o saudades desse meu povo lindooo!
    bjs da lu!

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