terça-feira, 22 de junho de 2010

SEMANA DE ANIVERSÁRIO, veja abaixo a programação:

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CRÔNICA DE ANIVERSÁRIO
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AMIGOS DÃO SORTE - Sérgio vaz
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São só 17.745 dias, parece pouco, porém de onde venho chegar nesses números são muito importantes. Nada a ver com numerologia, mas com sobrevivência. Nasci contra a vontade dos astros no vale do Jequitinhonha, norte de Minas Gerais, o lugar mais pobre do mundo. Dois irmãos não tiveram a mesma sorte. Minha mãe era negra, meu pai continua branco.

De forma irônica, a parteira que ajudou minha mãe a dar a luz tinha um olho só, mas com espírito iluminado, disse que eu era um bitelão. Era um vinte seis de junho de mil novecentos e sessenta e quatro, inverno no sudeste, as vinte e uma horas e trinta minutos, do signo de câncer. Um dia como outro qualquer, tanto é, que às vezes, até eu esqueço.

Cresci sem bolo, sem vela de aniversário, sem pedidos, sem brinquedos e, sem desmerecer ninguém, durante muito tempo o travesseiro foi meu melhor amigo. Ele era triste também. Aprendi a dizer a verdade com ele. Mentir é coisa minha.

Sem sono passei muitas noites tentando enganar carneirinhos. Contava de dois em dois.

Dormir doía, assim como a vida.

Demorei pra gostar de viver e tinha uma tristeza que me visitava até mesmo nos dias de alegria. Por conta disso, aprendi a sorrir com economia. Quando dei por mim, por conta do desuso, alguns dentes me abandonaram. Deixava pra rir aos domingos.

Não tinha nem oito anos vi um homem morto caído nas garrafas dentro de um bar. Ele tinha um buraco na testa. Durante muito tempo achei que os fantasmas que me adotaram saíam dali. Daquele buraco. Não senti pena. Nem medo. Nem inveja.
Achei esquisito como a morte se apresentou pra mim, assim, dessa forma tão violenta. Tão estúpida.

Como naquela época morria muita gente assim, com buracos no corpo, acharam por bem fazer um cemitério onde meu time jogava bola. Se já não bastassem os meus fantasmas...

Quando o asfalto chegou tatuando as ladeiras, descia de carrinho de rolimã rindo como se fosse feliz, como se fosse outro. Não sei porque, mas o carinho do vento deixava a gente besta.

Tinha um amigo que morava num barraco de madeira que ria também. Um vez, eu e ele, fizemos um carrinho com pedaços da sala da mãe dele.

Um dia, cansado de bolinha de gude e empinar pipa em dias sem vento, a maça do amor lambeu meu coração. Achei que estava doente. Tão desacostumado com a alegria, chorei de felicidade. Eram lágrimas doces. Não é coisa de poeta, eram doces mesmo. Meu travesseiro chorou também. Foi a primeira vez que a vida me soriu.

Não lembro mais do rosto dela. Ela tinha todos os dentes, mas era eu quem ria pelos dois. Como ria naquela época.

Nesse tempo em que achava que era feliz comecei a trabalhar todos os dias: Sábados, domingos e feriados.
Anestesiado pelo amor não percebi a tristeza fazendo sombra no meu sol. Quando ele se foi, o amor, trabalhar me ensinou o valor da liberdade. Sem saber onde era Palmares fiquei ali por doze anos arrastando correntes enquanto arava os sonhos.
Por conta disso passei a amar com mais frequência, para esquecer a labuta.

Por solidariedade alguns amigos iam brincar comigo enquanto trabalhava.

Na senzala, Nelson Mandela começou a fazer sentido pra mim. Zumbi também.

E se já não bastasse um tronco, ainda por cima servi o exército. Então não era uma, mas sim, duas senzalas.

Um escravo para duas senzalas.

Meu irmão fugiu.

A escrava Isaura levava uma vida bem melhor que a minha. Ainda por cima ela não tinha que estudar. Era branca. E novela, por mais longa que seja, tem hora pra acabar.

Para mim todo bar tem um pouco de navio negreiro.


Lia os livros como quem foge das galés. Cada remada, um livro. Cada livro um continente.

Gabriel Garcia Márquez me ensinou a não ter medo de oceanos.

Neruda, a amar e despedir.

Clarice, atalhos para o coração.

Quintana, a ser moleque.

Gullar, a sujar o poema.

Lendo Victor Hugo descobri que já não era escravo de ninguém. De nada. Só de mim mesmo.

Cansado da banda de Chico, "fim de semana no Parque Santo Antônio" dos Racionais me pegou à toa na vida.

Analfabeto, escrevi alguns poemas que viraram livros. No lançamento fiz frango frito com salada de maionese. Isso já faz vinte anos. Ou, sete mil seiscentos e quarenta e cinco.

Por gostar das coisas certas, quase sempre fiz tudo errado.

Ser simpático me deixava bonito, mas foi a antipatia que me trouxe beleza.

Numa fábrica sobre ruínas ajudei a construir um sonho que tinha, sem saber que tinha.

Logo em seguida, o sarau, que ensinou outras pessoas a gostarem de poesia na periferia paulistana.

Tem gente que voltou a estudar só para aprender a escrever poemas.

Foi no sarau que conheci o seu Lourival, Dinho Love e Dona Edite. E mais um bando de gente sem noção da realidade. Gente que sonha enquanto faz. Um povo lindo e inteligente.
Voltei a sorrir no lugar que me fazia chorar.

Outro dia soltamos mais de quinhentas bixigas no ar, todas com poesia.

Aprendi a joelhar e pedir perdão.

Tem dias que o sarau tem mais de duzentas pessoas ouvindo e falando poesia. Outras pessoas também escreveram livros na quebrada. Tem gente que não gosta de mim por causa disso. Outras já gostam. Vai entender.

Engraçado, de tanto sofrer acabei fazendo outras pessoas felizes.

Uma vez uma estava sorrindo distraidamente e uma pessoa me perguntou por que, naquele tempo não sabia, agora eu sei.

O amor de deu uma mulher e uma filha. Família me deixa feliz.

A felicidade tem dívidas comigo, por isso não faz mais do que a obrigação me manter alegre e satisfeito.

Mesmo feliz estou sempre revoltado.

Michael Jackson faz um ano que morreu. Gostava mais dele quando era preto. Lá pelos anos setenta, quando eu era triste também. Sabia dançar, agora...

Perdi alguns amigos que não sabiam que gostava deles. Devia dito quando eles estava vivos.

Não acredito em vida após a morte. Gosto de risco de desaparecer.

Está a maior garoa lá fora. Faz frio também. Dias de frio são bons para remoer lembranças.

Meu aniversário cai sempre em época de frio. Por isso careço de abraços. E de fogueiras.

Não sei quem me disse que estou ficando velho, desconfio que seja o contrário.

Apesar dos cabelos que começam a embranquecer estou aprendendo a ser jovem, mas quando corro não dá pra disfarçar que passei dos quarenta.

Em compensação, de tanto amar, meu coração não tem uma ruga sequer.


Sabia que de vez em quando eu fico rindo sem saber por quê? Deve ser riso represado.

Descobri que o destino não é confiável.

Rir é da hora.

Gosto de rir com amigos.

Falando em amigos... Tenho alguns. Inimigos também.

Amigos são pessoas que a gente escolhe pra sorrir com a gente. Pode até chorar, mas tem que rir também.

Descobri com o o passar dos dias que amigos dão sorte. Mesmo os azarados.

Queria agradecê-los. Como eu disse, são 17745 dias.

Sozinho ia não ia ter a menor graça.

34 comentários:

  1. Sou criança e meu sofrimento é pequeno
    mas só queria dizer que li e as lagrimas sapecaram dos meus olhos sem que eu pudesse evitar
    gosto da forma simples que vc escreve, eu posso entender e me encontrar nas palavras =)

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  2. MANO!!! É POR ISSO QUE EU ME IDENTIFICO CONTIGO SERGIO VAZ, SEM PALAVRAS, HOJE NÃO IREI NA COOPERIFA, CORRERIAS MIL, PORÉM... PARABENS MANO VALEU PELO TEXTO!

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  3. O dia de hoje é o mais importante...por representar a soma de todos outros. Valorizar sua história, seus amigos, é isso, viver para ensinar a vida...exemplos onde uns e outros se encaixam e com certeza se espelham para prosseguir sempre com os melhores momentos.
    Parabéns...e mais um vez obrigada pela amizade, pela confiança, pelo aprendizado, e muito pela cooperifa.
    Estamos todos juntos!
    Viviane

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  4. Depois de ler sua Crônica de Aniversário, desejo que em cada travesseiro repouse a cabeça de um(a) Poeta.
    Parabéns por 17.745 de pura poesia!
    Abraços!
    Marisa.

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  5. Adorei!!!!
    Você escreve de forma maravilhosa...
    da vontade de ficar lendo, lendo, sem parar.
    Isso que é exercer o poder da sedução a favor
    da poesia.
    beijos
    Keila

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  6. É o seguinte:
    Amei esse texto por vários motivos...
    Também nasci no frio (06 de julho) e isso tras uma marca na gente...algo que eu nunca consegui definir e hoje descobri...é algo assim entre a tristeza e a alegria de um dia muito frio...de manhã aquele vento...depois um solzinho e depois tome frio de novo...e nossa alma meio que "pega" isso...será????
    Outra coisa...eu tenho uma fotinha igual a sua...naquele tempo em que na periferia ninguém "tirava retrato" e então os caras pintavam na escola e tiravam essas fotos que tanto orgulho davam aos nossos pais...
    Não tive ainda a oportunidade de ir no Sarau...mas é uma questão de tempo...
    Parabéns

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  7. É Velho as coisas mais e, por vezes tristes, passam mas de qualquer modo deixam saudades... ...bela foto de infancia, engraçado tenho uma tirada no mesmo lugar e no mesmo dia, rsrrsrsr.
    Serginho Parabens por tudo e por fazer-nos pensar um pouco mais. "Perdi alguns amigos que não sabiam que gostava deles. Devia ter dito quando eles estavam vivos." ou quando estava perto deles. Um grande abraço fervendo e um beeijo no seu coração.
    Tadeu Lopes

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  8. que loko!!!
    parabens poeta continue assim nos inspirando,nos ensinando e tambem aprendendo...
    muita luz e vitoria!!!
    f.i.n.o

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  9. a cooperifa mudou a minha vida

    aqui o bagulho é na raíz

    nas vísceras do vaz


    minhas lágrimas agora estão no chão do zé batidão


    o sérgio vaz, não vira apenas as páginas da quebrada. ele desentorta a terra toda.


    o sérgio deixa meu coração sem palavras


    axé mano belo e guerreiro


    aqui a atitude saiu da estrofe


    axé

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  10. Ó procê ver... Eu nasci no verãozão. Num sudeste de terra roxa, nobre. Nunca faltou nada. Nem dos melhores brinquedos. Quase tive mobilete! Nunca sequer cumprimentei nenhum dos meus travesseiros... Agora falando assim tenho saudade. Queria revê-los.
    Já foram.
    E no entanto meu irmão. Eu vejo uma mensagem no twitter, coisa de louco, de um cara que eu fui numa palestra, que eu admiro pra caralho e que mesmo assim nunca fui atrás, que liga num texto que diz lá pelas tantas que é aniversário do Poeta.
    E tenho a certeza de estar do seu lado. E fico feliz como os melhores dos meus caros brinquedos me faziam.
    Obrigado pela lembrança parceirasso.

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  11. Meu querido poeta e amigo. Que no seu aniversário você possa ganhar tanto presentes quanto dá e receber de volta toda alegria que proporciona. Que possa também ser feliz, como todas as quartas-feiras que você distribui sorrisos, mesmo a partir da dor, na Cooperifa.
    Te admiro demais e espero ter tempo para dizer tudo isso antes que um de nós parta ! Obrigada por tudo e por tantos presentes que já me deu, mesmo sem saber que dia faço aniversário !
    Um grande beijo e o coração em chamas ! A vida não para
    bjoooo

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  12. Caro poeta dizer a sua importancia entre meus dizeres possa parecer oportunismo mas com pessoas igualmente á você isso não parecerá.
    Tenho minha historia proxima da sua em historia vividas na infancia no restante sou seu admirador e contigo lendo o que escreve eu aprendo muita coisa.
    Salve ao Grande SERGIO VAZ , Parabens

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  13. Caro Sergio, curti muito seu texto daqui de minha Caipiracicaba... quem sabe ainda nos vemos dia desses. Mas, lembrando um atalho de Clarice: "Não existem lugares, existem pessoas...". Ah, meu email , se puder escrever: pater85br@yahoo.com.br

    Paulo Paterniani

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  14. Parabéns Sérgio!!
    Sinto muita falta da família Cooperifa!

    Mas já dizia William James:
    "Onde quer que nos encontremos, são os nossos amigos que constituem o nosso mundo"

    Beijos e Abraços!
    Admiração Eterna!!

    Patrícia Monteiro

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  15. Salve, salve!!!

    Grande poeta e incentivador Sérgio Vaz,
    meus parabéns pelos seus 17745 dias e pelos muitos milhares que te trarão a vida.

    Sempre que posso faço essa visitinha aqui pra saber a quantas anda esse espaço, saibas que és como disseste não só na tua quebrada, espelho para muitos.

    Eu de cá na baixada santista e muitos da minha quebrada não vemos a hora de participarmos deste teu movimento que já se tornou referência para nós.

    No último dia 25/06 fizemos o nosso primeiro Sarau da Ostras o sarau com poesias periféricas, o Rap tava presente, idealizado pelo amigo Nego Panda(www.ideiasdresponsa.ning.com), o que para nós foi um sucesso.

    Tive a honra de declamar um poema seu "OS Miseráveis", o que impactou muitos dos presentes.

    Salve, o grande colecionador de pedras!!!!
    Pois é com elas que erigimos nossos castelos!!!

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  16. Se,
    Acredito nisto: o homem pode tornar-se grande, se realizar as coisas mais simples da vida, à seu exemplo, dedicação, e concentração...animado de um forte e sincero desejo de ser útil à outras pessoas, o mundo abre caminhos para quem vive com propósito de levar alegrias e energias criativas para auto-expressão, o universo conspira a seu favor, sempre foi assim eu bem sei disso. Seja feliz e prepare-se para comemorar muito mais que 17745 dias! Você é uma pessoa que veio ao mundo financiado pelo Criador. Seja Feliz é o que importa no mundo de hoje. Bjs seu coração. Everalda

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  17. Caro poeta, que os 17.745 dias de sua vida se multipliquem por muito tempo. Tenho certeza que ainda tem muito para rir. Que você possa oferecer na sua trajetória, muito mais, o mundo esta sedento da sua poesia e dos seus feitos. Grande Abraço, Luiz Domingues

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  18. Caro poeta, que os 17.745 dias de sua vida se multipliquem por muito tempo. Tenho certeza que ainda tem muito para rir. Que você possa oferecer na sua trajetória, muito mais, o mundo esta sedento da sua poesia e dos seus feitos. Grande Abraço, Luiz Domingues

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  19. SERGIO NOTA 10, num conheço a cooperifa pessoalmente mais quando eu tiver eu colo aí.
    ABRAÇO

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  20. Quem sou eu pra comentar os textos do VAZ, Deus me livre.
    Só posso dizer que é mais um onde me vejo dentro dele e esse mais ainda.
    Sergio Vaz Guerreiro como nós, e pra muitos São só 17.745 dias mesmo, pra aqueles com planos de saude, que comem bem e outras coisas.
    Mas de onde viemos muitos não passam dos vinte ou as vezes não chegam nem a nascer, causa de aborto, ou falta de vaga ne hospitais como foi meu caso em 84, onde minha mãe rodou são paulo todo de busão rodando catraca, passei da hora de nascer e quase nem cheguei a nascer e levando minha mãe junto mais graças a Deus tô aki tb, 25 anos.
    E Muitos passam dos 20 30 ate 40 + muitas vezes tão morto por dentro, na mente.
    Você Vaz é mais um que contrariou as estatisticas, e vem com seus textos, ao lado do Ferrez, buzo...nos dar alegria, cosncientização, viagem ao tempo, as vezes umas lagrimas tb admito...e espero que vc tenha mais do que só 17.745 dias pela frente aí junto com nós se Deus quiser em Nome de Jesus.
    AMém!!!

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  21. Firmezza ttottal, meu Lemon-Brother Sérgio Vaz !!!
    Continue sempre fazendo essa Apologia Literária e Cultural, Guerreiro !!!
    E mais uma vez meus LemonsParabénzzz pelo niver e pelas correrias !!!
    Muiita PAZ !!!
    Estou trampando em 2 empregos, (muiita correria), mas, assim ki possível, darei um jeito de colar na Cooperifa e na Ação Educativa.
    Té +...

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  22. Belíssima crônica! O triste é saber que, desde 74 (até antes), ainda existem muitas crianças com esse mesmo princípio de história. Espero que a cooperifa ajude a mudar isso, e que transforme essas crianças em poetas como você!

    Parabéns, abrçs

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  23. Marcos Teles disse...
    Salve Poeta!
    E disso que é feita a vida.De amor,emoção e ...amigos.Como já te falei,sou privilegiado por ser seu contemporâneo.Tenho sorte em ser seu amigo.Amigos dão sorte,sim!!!
    Abração.

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  24. Salvador, 28 de junho de 2010


    Puxa, Sérgio Vaz,

    Esta não é uma crônica, posso chamar este texto de autobiografia em 17745 dias… Você consegue, em um texto recheado de informações, dados, números, datas, nomes e referências fidedignas, fazer um trançado com poesia, melancolia, alegria, amor, saudade, agradecimento, nostalgia, positividade, transformando toda a sua vida em um caudaloso rio de palavras e sentidos, múltiplos e diversos, distintos e ao mesmo tempo semelhantes… O correr do rio de ideias e significados se torna uma cachoeira, uma corredeira, uma água plana e transparentes, um poço profundo do qual se enxerga o fundo…
    Sem esquecer dos amigos, dos inimigos (estes, imprescindíveis), os amores idos e vindos, os presentes e ausentes, coleguinhas de bola de gude, carro de rolimã… sem esquecer o riso ou a falta dele, você demonstra como foi construído o homem, o poeta e o mito “Colecionador de Pedras”, que pavimenta um destino não só seu, não mais seu, mas de todos os que te conhecem ou já ouviram falar de ti… Uma rota em que o que passou não atrapalha, mas faz rememorar e evitar repetir passos mal dados… Afinal, não dá mesmo para andar para trás… o tempo, este implacável controlador de tudo, vai fazendo rugas, criando rusgas, mas não consegue deixar marcas negativas no homem que sorri, com ou sem dentes; no homem que faz sorrir, que cria sonhos e incentiva a alegria alheia…
    Dizem que quem faz um bem recebe metade… Se é assim, você deve estar inflando teu espírito, teu coração, a cada dia… Feliz 17745 dias.
    Quando eu crescer, quero ser como você.

    Valdeck Almeida de Jesus
    Escritor, Poeta e Jornalista
    www.galinhapulando.com

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  25. Sérgio,
    Antes que algo aconteça e eu não consiga te dizer:
    Amigo, você é muito importante para mim e faz a diferença na minha vida!
    Seu texto conta sua trajetória, mostra quanto entendimento você tem da vida e como como consegue transformar qualquer tipo de fato em poesia. Parabéns! Você não seria nada melhor do que é poeta!
    Ricarda

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  26. um poeta nasce, cresce, se multiplica e nunca morre

    ass: gaio

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  27. Dukaralho! Pra brindar os teus tantos mil e tantos dias não te ofereço gotas de otimismo, te ofereço vodka, pois é hoje é inverno, hoje é um-sempre-inverno. Abraços.

    Vlado

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  28. Parabens mano sergio gostei muituh do texto jah nao eh de hj q me indentifico com poesias e cronicas suas parabens!!!^^

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  29. Grande Sergio
    Palavras fortes as suas, fortes não em suas entonações, mas na forma como se desprendem do seu coração e acabam por tocar o nosso.
    Amigos são assim mesmo, marcam porque estão presentes, por ora ausentes, que arrancam lágrimas e devolvem saudade... aliás, tem aqueles que vc se lembra na hora de sorrir, aquele com quem troca confidências, aquele em que só de olhar já se sabe o que pensa... aquele outro com quem gosta de pensar em projetos, em desafios, em novas pelejas. Ufa, são tantos, melhor assim.
    O passado deixe-o apenas pra contar.O futuro, ah... esse só se sabe como será, se olhar o que constrói no presente.
    Abraço
    Solange Amália
    Parabéns!

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  30. "Para Dioniso, o sofrimento, a morte e o declínio são apenas a outra face da alegria, da ressurreição e da volta. Por isso, "os homens não têm de fugir à vida como os pessimistas mas, como alegres convivas de um banquete que desejam suas taças novamente cheias, dirão à vida: uma vez mais".
    Friedrich Nietzsche!

    Salve..Lendo seu texto identiquei-me muito, também na infância na Favela da Vila Prudente Vi furos em corpos e sempre me perguntei se eu cresce-se teria o mesmo fim.

    Em meio várias fitas erradas conheci o Rap e a Leitura entendi que há um processo muito complexo de desigualdade social que com certeza meu corpo crivado de balas e meu sangue derrado é lucro e conforto mantido de um cuzão da classe rica.

    Sei que muitas vezes tenho comportamentos misantrópicos de não confiar em ninguém, mas não nego que os momentos mais felizes foram compartilhado com conhecidos e familiares.

    Ae Vaz, muita força na sua caminhada, desejo muitos conhecimentos e com certeza é o maior calibre que temos é nossa mente fortificada.
    è isso memo Amigão dão Sorte.

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  31. Esse é o poeta!!
    Muita luz e força na sua caminhada.

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  32. Como bom boleiro que você confessa ter sido, este aniversário é mais uma das etapas complementares no jogo desta vida que, está sendo jogado com elegancia para vencer o time da ignorancia...

    Parabéns guerreiro, e, vida longa nesta estrada longa e estreita ! ! !

    Um abraço ! ! !

    Wesley Nóog

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  33. Salve sergio vaz!!
    eu tenho preguiça de ler..rsrs
    mas o que vc escreve me fixa na tela do computador
    realmente, amigos dão sorte
    atravez de uma queridissima amiga pude ter contato com a sua obra...
    é noiss!
    forte abraço!!

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