A MPB NÃO CURTE A PERIFERIA DE SÃO PAULO?

Povo lindo, povo inteligente,

ouçam entrevista do Wésley Nóog que ele deu antes de subir ao palco do Itau Cultural. Para quem não o conhece, ele é um dos melhores músicos da nova geração da MPB. E além de uma voz rara e um violão nervoso, é um dos poucos músicos, fora do rap, que tem uma atitude coerente com sua música.
Em São paulo a MPB se tornou um ritmo muito elitista, e é muito raro esses artistas darem canja ou fazerem shows na periferia.
Bandas como a Calypso, Zeca Pagodinho e os racionais Mc´s, independentemente do ritmo que cantam, são sucessos porque cantam para o povo. Sem medo de ser feliz.
Diferentemente da geografia do Rio de Janeiro, a perifa de sampa fica muito longe do centro, e alguns músicos também. "Apesar de vocês amanhã vai ser outro dia..."
Generoso, é comum ver e ouvir Wésley Nóog percorrendo bares, saraus, favelas, presídios e casa de shows empunhado seu violão fazendo valer a velha máxima que "todo artista tem de ir onde o povo está", mas que muitos, infelizmente, não vão. Que comam brioches!
Sei do que falo, pois no ano passado tentamos contratar artistas da MPB para a II Mostra Cultural e foi perceptível a falta de interesse. Precisamos fortalecer os nossos, os poucos generosos.

Ouçam a entrevista para saber mais sobre o que estou falando.

sergio vaz



ENTREVISTA COM O CANTOR E COMPOSITOR WÉSLEY NÓOG