.
(foto Ricardo)
Balé Capão Cidadão
.
.
Povo lindo, povo inteligente,
.
ontem simplesmente não sobrou pedra sobre pedra, e a Mostra Cooperifa está provando que o povo só consome coisa ruim porque é servido coisa ruim, mas que fique bem claro que ele gosta é de gosta boa. A prova disso foi a segunda noite da Mostra Cooperifa.
No CEU Casablanca, à tarde, mas de quinhentas crianças foram assisitr o espetáculo da Cia. Bambalina da Espanha, que encantou a todos, inclusive os adultos, com sua interpretação mágica de bonecos. Os meninos e meninas também foram um espetáculo a parte. Cada riso, cada grito, cada olhinho brilhando era a prova que todo o trabalho e luta para levar arte e cultura para a periferia, está valendo à pena.
Ainda à tarde, só que agora no CEU Campo Limpo um bom público presenciou um debate riquíssimo sobre cultura e ativismo na periferia. Pois na mesa só tinha pessoas que realmente sabem sonhar com as mãos. Eles não são estudiosos no assunto. Eles são o assunto.
Coordenados por Érika Peçanha, Nelson Maca - Blackitude (BA), Guti Fraga - Nós do Morro (RJ), Alessandro Buzo - Favela toma conta (SP), Adriana - Feira Preta (SP) deixaram bem claro para os presentes, em suas histórias de vida, que a teoria é muito importante, mas praticar a teoria é mais importante ainda. Foi puro alimento para a alma.
À noite no CEU Campo Limpo as pessoas foram chegando de todos os lugares e super lotaram o teatro para assistirem as apresentações de dança dos grupos Cia. Sansacroma (Rascunho de Solano)e o Balé Capão Cidadão que fizeram com que a gente também dançasse junto com eles, mas sem os pés no chão. A Plateia foi ao delírio e o teatro quase veio a baixo. Muitos aplausos, sorriso e lágrimas de alegria. Catarse !
.
A periferia unida... no centro de todas as coisas... que noite maravilhosa!
.
É tudo nosso!
.
Sérgio Vaz
Vira-lata da literatura
Nenhum comentário:
Postar um comentário