domingo, 21 de novembro de 2010

SAIBAM PORQUE A ELITE É CONTRA O ENEM


Nicolelis: Só no Brasil a educação é discutida por comentarista esportivo

O neurocientista Miguel Nocolelis afirma que só donos de cursinho e aqueles que não querem a democratização do acesso à universidade podem ter algo contra o Enem

Desde o último final de semana, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Ministério da Educação (MEC) estão sob bombardeio midiático.

Estavam inscritos 4,6 milhões estudantes, e 3,4 milhões submeteram-se às provas. O exame foi aplicado em 1.698 cidades, 11.646 locais e 128.200 salas. Foram impressos 5 milhões de provas para o sábado e outros 5 milhões para o domingo. Ou seja, o total de inscritos mais de 10% de reserva técnica.

No teste do sábado, ocorreram dois erros distintos. Um foi assumido pela gráfica encarregada da impressão. Na montagem, algumas provas do caderno de cor amarela tiveram questões repetidas, ou numeradas incorretamente ou que faltaram. Cálculos preliminares do MEC indicavam que essa falha tivesse afetado cerca de 2 mil alunos. Mas o balanço diário tem demonstrado, até agora, que são bem menos: aproximadamente 200.

O outro erro, de responsabilidade do Inep, foi no cabeçalho do cartão-resposta. Por falta de revisão adequada, inverteram-se os títulos. O de Ciências da Natureza apareceu no lugar de Ciências Humanas e vice-versa. Os fiscais de sala foram orientados a pedir aos alunos que preenchessem o cartão, de acordo com a numeração de cada questão, independentemente do cabeçalho. Inep é o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais, órgão do MEC encarregado de realizar o Enem.

“Nenhum aluno será prejudicado. Aqueles que tiveram problemas poderão fazer a prova em outra data”, tem garantido desde o início o ministro da Educação, Fernando Haddad. “Isso é possível porque o Enem aplica a teoria da resposta ao item (TRI), que permite que exames feitos em ocasiões diferentes tenham o mesmo grau de dificuldade.”

Interesses poderosos, porém, amplificaram ENORMEMENTE os erros para destruir a credibilidade do Enem. Afinal, a nota no exame é um dos componentes utilizados em várias universidades públicas do país para aprovação de candidatos, além de servir de avaliação parabolsa do PRO-UNI.

“Só os donos de cursinhos e aqueles que não querem a democratização do acesso à universidade podem ter algo contra o Enem”, afirma, indignado, ao Viomundo o neurocientista Miguel Nicolelis, professor da Universidade de Duke, nos EUA, e fundador do Instituto Internacional de Neurociências de Natal, no Rio Grande do Norte. “Eu vi a entrevista do ministro Fernando Haddad ao Bom Dia Brasil, TV Globo. Que loucura! Como jornalistas que num dia falam de incêndio, no outro, de escola de samba, no outro, ainda, de esporte, podem se arvorar em discutir um assunto tão delicado como sistema educacional? Pior é que ainda se acham entendedores. Só no Brasil educação é discutida por comentarista esportivo!”

Nicolelis é um dos maiores neurocientistas do mundo. Vive há 20 anos nos Estados Unidos, onde há décadas existe o SAT (standart admissions test), que é muito parecido com o Enem. Tem três filhos. Os três já passaram pelo Enem americano.

Viomundo — De um total de 3,4 milhões de provas aplicadas no sábado, houve problema incontornável em menos de 2 mil. Tem sentido detonar o Enem, como a mídia brasileira tem feito? E dizer que o Enem fracassou, como um ex-ministro da Educação anda alardeando?
Miguel Nicolelis — Sinceramente, de jeito algum — nem um nem outro. O Enem é equivalente ao SAT, dos Estados Unidos. A metodologia usada nas provas é a mesma: a teoria de resposta ao item, ou TRI, que é uma tecnologia de fazer exames. O SAT foi criado em 1901. Curiosamente, em outubro de 2005, entre as milhões de provas impressas, algumas tinham problema na barra de códigos onde o teste vai ser lido. A entidade que faz o exame não conseguiu controlar, porque esses erros podem acontecer.

Viomundo — A Universidade de Duke utiliza o SAT?
Miguel Nicolelis — Não só a Duke, mas todas as grandes universidades americanas reconhecem o SAT. É quase um consenso nos Estados Unidos. Apenas uma minoria é contra. E o Enem, insisto, é uma adaptação do SAT, que é uma das melhores maneiras de avaliação de conhecimento do mundo. O teste é a melhor forma de avaliar uniformemente alunos submetidos a diferentes metodologias de ensino. É a saída para homogeneizar a avaliação de estudantes provenientes de um sistema federativo de educação, como o americano e o brasileiro, onde os graus de informação, os métodos, as formas como se dão, são diferentes.

Viomundo — Qual a periodicidade do SAT?
Miguel Nicolelis – Aqui, o exame é aplicado sete vezes por ano. O aluno, se quiser, pode fazer três, quatro, cinco, até sete, desde que, claro, pague as provas. No final, apenas a melhor é computada. Vários estudos feitos aqui já demonstraram que o SAT é altamente correlacionado à capacidade mental geral da pessoa.

Todo ano as provas têm uma parte experimental. São questões que não contam nota para a prova. Servem apenas para testar o grau de dificuldade. Assim, a própria criançada vai ranqueando as perguntas, permitindo a ampliação do banco de questões. Outra peculiaridade do sistema americano é a forma de corrigir a prova. É desencorajado o chute.

Viomundo — Explique melhor.
Miguel Nicolelis — Resposta errada perde ponto, resposta em branco, não. Por isso, o aluno pensa muito antes de chutar, pois a probabilidade de ele errar é grande. Então se ele não sabe é preferível não responder do que correr o risco de responder errado.

Viomundo – Interessante …
Miguel Nicolelis – Na verdade, o SAT é maneira mais honesta, mais democrática de avaliar pessoas de lugares diferentes, com sistemas educacionais diferentes, para tentar padronizar o ingresso. Aqui, nos EUA, a molecada faz o exame e manda para as faculdades que quer frequentar. E as escolas decidem quem entra, quem não entra. O SAT é um dos componentes para essa avaliação.

Viomundo — Aí tem cursinho para entrar na faculdade?
Miguel Nicolelis — Tem para as pessoas aprenderem a fazer o exame, mas não é aquela loucura da minha época. Era cheio de cursinho para todo lugar no Brasil. Cursinho é uma máquina de fazer dinheiro. Não serve para nada a não ser para fazer o exame. Por isso ouso dizer: só os donos de cursinho e aqueles que não querem democratizar o acesso à universidade podem ter algo contra o Enem.

Viomundo –Mas o fato de a prova ter erros é ruim.
Miguel Nicolelis — Concordo. Mas os erros vão acontecer. Em 1978, quando fiz a Fuvest (vestibular unificado no Estado de São Paulo), teve pergunta eliminada, pois não tinha resposta. Isso acontece desde o tempo em que havia exame para admissão [ao primeiro ginasial, atualmente 5ª série do ensino fundamental) na época das cavernas (risos). Você não tem exame 100% correto o tempo inteiro.

Então, algumas pessoas estão confundindo uma metodologia bem estudada, bastante conhecida e aceita há décadas, com problemas operacionais que acontecem em qualquer processo de impressão de milhões de documentos. Na dimensão em que aconteceram no Brasil está dentro das probabilidade de fatalidades.

Viomundo -- Em 2009, também houve problema, lembra-se?
Miguel Nicolelis -- No ano passado foi um furto, foi um crime. O MEC não pode ser condenado por causa de um assalto, que é uma contigência e nada tem a ver com a metodologia do teste.

Só que, infelizmente, gerou problemas operacionais para algumas universidades, que não consideraram a nota do Enem nos seus vestibulares. Isso não quer dizer que elas não entendam ou nãoaceitam o teste. As provas do Enem são muito mais democráticas, mais racionais e mais bem-feitas do que os vestibulares de qualquer universidade brasileira.
Eu fiz a Fuvest. Naquela época, era muito ruim. Não media nada. E, ainda assim, a gente teve de se sujeitar àquilo, para entrar na faculdade a qualquer custo.

Viomundo -- Fez cursinho?
Miguel Nicolelis -- Não. Eu tive o privilégio de estudar numa escola privada boa. Mas muitas pessoas que não tinham educação de alto nível eram obrigadas a recorrer ao cursinho para competir em condições de igualdade.

Mas o cursinho não melhora o aprendizado de ninguém. Cursinho é uma técnica de aprender a maximizar a feitura do exame. É quase um efeito colateral do sistema educacional absurdo que até recentemente tínhamos no Brasil. É um arremedo. É um aborto do sistema educacional que não funciona.

Viomundo -- Qual a sua avaliação do Enem?
Miguel Nicolelis -- É um avanço tremendo, porque a longo prazo a repetição do Enem várias vezes por ano vai acabar com o estresse do vestibular. Você retira o estresse do vestibular. Na minha época, e isso acontece muito ainda hoje, o jovem passava os três anos esperando aquele "monstro". De tal sorte, o vestibular transformava o colegial numa câmara de tortura. Uma pressão insuportável. Um inferno tanto para os meninos e meninas quanto para as famílias. Além disso, um sistema humilhante, porque as pessoas que não podiam frequentar um colégio privado de alto nível sofriam com o complexo de não poder competir em pé de igualdade. Por isso os cursinhos floresceram e fizeram a riqueza de tanta gente, que agora está metendo o pau no Enem. Evidentemente vários interesses estão sendo contrariados devido ao êxito do Enem.

Viomundo -- Tem muita gente pichando, mesmo.
Miguel Nicolelis -- Todo esse pessoal que picha acha que sabe do que está falando. Só que não sabe de nada. Exame educacional não é jogo de futebol. Tem metodologia, dados, história. E olha que eu adoro futebol. Sempre que estou no Brasil, vou ao estádio para assistir ao jogos do Palmeiras [Ninguém é perfeito (rs)!] O Brasil fez muito bem em entrar no Enem. É o único jeito de acabar com esse escárnio, com essa ferida que é o vestibular .

Viomundo — Nos EUA, não há vestibular para a universidade. O senhor acha que o Brasil seguirá essa tendência?
Miguel Nicolelis – Acho que sim. O importante é o seguinte. O Brasil está tentando iniciar esse processo. Quando você inicia um processo dessa magnitude, com milhões fazendo exame, é normal ter problemas operacionais de percurso, problemas operacionais. Isso faz parte do processo.

Nos Estados Unidos, as provas já são começam a ser feitas via internet. Como o Brasil em pouco tempo está avançando rapidamente, acredito que logo teremos várias provas por ano, como aqui [nos EUA, há sete, lembram-se?], e tudo por computador. O aluno se inscreve e, num dia e hora pré-determinados, vai com a sua senha a um terminal estabelecido — terá de se estabelecer uma rede – acessa e faz a prova. Será um exame só para ele. Você elimina o risco de vazamento e economiza com a impressão de provas, que custa um dinheirão.
Nós estamos caminhando para o Enem ser a moeda de troca da inclusão educacional. As crianças vão aprender que não é porque elas fazem cursinho famoso da Avenida Paulista que elas vão ter mais chance de entrar na universidade. Elas vão entrar na universidade pelo que elas acumularam de conhecimento ao longo da vida acadêmica delas. Elas vão poder demonstrar esse conhecimento sem estresse, sem medo, sem complexo de inferioridade. De uma maneira democrática.E, num futuro próximo, tanto as crianças de escolas privadas quanto as de escolas públicas vão começar a entrar nesse jogo em pé de igualdade. Aí, sim vai virar jogo de futebol.

Futebol é uma das poucas coisas no Brasil em que o mérito é implacável. Joga quem sabe jogar. Perna de pau não joga. Não tem espaço. O talento se impõe instantantaneamente.
Educação tem de ser a mesma coisa. O talento e a capacidade têm de aflorar naturalmente e todas as pessoas têm de ter a chance de sentar na prova com as mesmas possibilidades.

fonte: www.cartacapital.com.br

4 comentários:

  1. SENDO ASSIM PORQUE ESSE SISTEMA DE COTAS INJUSTAS VALIDAS APENAS PARA QUEM CURSOU ENSINO EM COLEGIOS PUBLICOS E NOSSOS JOVENS DE CLASSE MEDIA QUE ESTUDARAM EM ESCOLA FUNDAMENTAL E MEDIA EM INSTITUIÇOES PRIVADAS FICARAM A MARGENS DO ENEM E UNIVERSIDADES PUBLICAS?ISSO TAMBEM NAO TEM UM CUNHO POLITICO E ELEITOREIRO?TAMBEM NAO É INJUSTO?
    PORQUE HÁ COTAS EDUCACIONAIS PARA TANTAS COISAS ,SITUAÇOES, RAÇAS E ETC?
    QUE CULPA TEM JOVEM QUE TEVE A OPORTUNIDADE DE TER SEU CONHECIMENTO EM ESCOLA PRIVADA ONDE O CUSTO MENSAL PARA QUEM GANHA ATE SEIS SALARIOS MINIMOS(HIPOTETICAMENTE FALANDO) ERA PASSIVEL DE SER HONRADO E QUE HOJE SE VE TOLIDO DO DIREITO DE TER A MESMA CONDIÇÃO DE ENTRAR EM UMA UNIVERSIDADE FEDERAL OU ESTADUAL PORQUE TEM QUE PRIMEIRAMENTE DAR LICENÇA A QUEM FEZ SEUS ESTUDOS EM SETOR PUBLICO.ENTENDO QUE QUEM TEM CONDIÇOES DE PAGAR 300 REAIS A 450 REAIS DE ENSINO PRIVADO MENSALMENTE (ENSINO FUNDAMENTAL E MEDIO),NAO FICA ENTENDIDO QUE ESSA MESMA PESSOA POSSA PAGAR DE 900 A 3.600 REAIS DE FACULDADE.NESSE VAO FINANCEIRO EXISTE UMA DISTORÇÃO ENORME.O SAT NOS EUA ,TEM OBJETIVOS E METAS ADVERSAS A DO ENEM ,CONSIDERO O SAT DEMOCRATICO E ENEM DISCRIMINATIVO PURAMENTE E DESLEAL.EU NAO SOU DA ELITE APENAS TRABALHO HONESTAMENTE .SER MEDICA NAO IMPLICA QUE TEM DINHEIRO DE SOBRA ;MAS QUE VIVE TEM FILHOS EDUCA CUIDA DA FAMILIA DE SI MESMA E DOS OUTROS E AINDA VE SEUS FILHOS SEM CHANCE DE USUFRUIR DE UNIVERSIDADE PUBLICA.
    PORQUE NAO SE MELHORA O ENSINO PUBLICO DANDO-LHE QUALIDADE E VALORIZAÇÃO AO CORPO DOCENTE ?QUEM SABE OS ALUNOS DALI PODERAÕ TER CAPACITAÇÃO IGUAL AO DE ENSINO PRIVADO.MAS HÁ OUTROS INTERESSES POR PARTE DO SETOR PUBLICO ,DOS GESTORES.
    EU VIM DE ESCOLA PUBLICA E ME FORMEI EM UNIVERSIDADE FEDERAL EM MEDICINA HA 26 ANOS.
    O QUE MUDOU NO ENSINO PUBLICO?EM MINHA EPOCA NAO HAVIA COTAS E EU CONSEGUI CHEGUEI ONDE ESTOU.SEM ENEM.
    NAO ME SENTI OCUPANDO LUGAR DE NINGUEM APENAS ME ESFORCEI .ENEM É O CARIMBO COM ASSINATURA DO GOVERNO DA INCOMPETENCIA E BAIXO NIVEL DO ENSINO PUBLICO FUNDAMENTAL E MEDIO.NAO HÁ CULPADOS MAS PESSIMA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL ,QUE OLHA O PROPRIO UMBIGO .SAUDE ,EDUCAÇÃO E SEGURANÇA PUBLICA SÓ POR MILAGRE DE DEUS PAI PARA SEREM VALORIZOS E E SOMOS NO´S A TROPA DE CHOQUE PARA A DEFESA DE NOSSOS JOVENS E CRIANÇAS.
    REPITO NAO SOU DA ELITE.
    ESSE É APENAS UM DESABAFO DE UMA MULHER ,MAE ,DONA DE CASA,MANTENEDORA DE SUA FAMILIA E TRABALHADORA QUE AMA O SUS.

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  2. Acho que essa mulher de cima nunca estudou,pq vi muitos erros ortográficos,mas isso não vem ao caso!
    Eu discordo totalmente dessa mulher,o Enem serve para aproximar as pessoas sem condições da universidade e as cotas tbm,senão,continuaremos com profissionais da elite cuidando dos interesses dos mais pobre sem se importar verdadeiramente com as nossas reinvidicações,precisamos de médicos,juízes,professoes negros e pobres para trabalhar junto a elite,ou então sempre estaremos excluídos da sociedade!

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  3. Proposta à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de
    Ensino Superior
    1. A razão da proposta: cenário atual
    Os exames de seleção para ingresso no ensino superior no Brasil (os vestibulares) são
    um instrumento de estabelecimento de mérito, para definição daqueles que terão direito
    a um recurso não disponível para todos
    Ainda que o vestibular tradicional cumpra satisfatoriamente o papel de selecionar os
    melhores candidatos para cada um dos cursos, dentre os inscritos, ele traz implícitos
    inconvenientes. Um deles é a descentralização dos processos seletivos, que, por um
    lado, limita o pleito e favorece candidatos com maior poder aquisitivo
    Outra característica do vestibular tradicional, ainda que involuntária, é a maneira como
    ele acaba por orientar o currículo do ensino médio.
    A alternativa à descentralização dos processos seria, então, a unificação da seleção às
    vagas das IFES por meio de uma única prova. A racionalização da disputa por essas
    vagas, de forma a democratizar a participação nos processos de seleção para vagas.
    1.1 Democratização das oportunidades de concorrência às vagas federais de ensino
    superior.
    Reestruturar o Enem para utilizá-lo como prova unificada evidencia o papel que o
    exame já cumpre. Afinal, ao longo de onze edições, a procura pelo Enem subiu de 150
    mil para mais de 4 milhões de inscritos, sendo que mais de 70% dos participantes
    afirmam que fazem a prova com o objetivo maior de chegar à faculdade.
    1.2 Novo Enem como instrumento de indução da reestruturação dos currículos do
    ensino médio
    A nova prova do Enem traria a possibilidade concreta do estabelecimento de uma
    relação positiva entre o ensino médio e o ensino superior fundamentais, tanto para o desempenho acadêmico futuro,
    quanto para a formação humana.

    Um exame nacional unificado,passaria a ser importante
    instrumento de política educacional

    Maria Farias ,nao escrevi para agradar sua intelectualidade ortografica ,apenas manifestei meu repudio a qualquer tipo de discriminação ,sou totalmente contra a marginalização do ser humano,eu sou parda e que culpa tenho eu por ser de cor diferente ,ter estudado em colegios e faculdades publicas e me esforçado ,e ter minha mae e pai como referenciais para meu carater integro nascida de familia humilde ,e nem por isso fico nessa de querer tirar vantagem com minha condição social, humana ,racial , intelectual,sexual e economica.Eu me esforço em ser melhor no que faço.Tenha mais polidez ao criticar outra pessoa ,mas que seja para edificar.meu nome é Alda toledo.
    Em outra oportunidade sitarei textos com melhores substantivos ,concordancias verbais e nominias, interjeiçoes, preposiçoes ,pronomes ,conjunçoes ,locuçao adverbial ,numeral e uma linguagem figurada ,nao para provar nada a ti mas para satisfazer teu ego ou falta de conhecimento.

    EU NAO SOU DA ELITE ,ENTRETANTO SOU CONTRA O ENEM que é executado hoje .
    Com as reformas unificadas ,se DEUS quiser ,adeus cotas..Para quem estuda se dedica , tem competencia , objetivos e sonhos na vida nao importa em que escola estuda se publica ou privada, nós fazemos nosso ambiente que vivemos e nosso sucesso nao depende de terceiros mas de nos mesmos."Quando o carater se perde tudo está perdido."-Billy Graham.
    "A haBilidade e o talento podem leva-la ao topo.É NECESSARIO CARATER PARA MANTE-LA LÁ."

    SE EU FOSSE DA ELITE SERIA A FAVOR (dessa atual normatização do enem)POIS A MARGEM DE FRAUDA-LO FICA FACIL(ESSA RAJADA DE TIROS CONTRA O ENEM É UMA ARTICULAÇÃO SUTIL PARA DISVIRTUAR A ATENÇÃO DOS MENOS ENTENDIDOS)É UMA JOGADA DE MESTRE!!!!!!!. DE POUCOS que estao no poder socio economico e politico.(SEM GENERALIZAR)!
    O ENEM atual È O SELO DE GARANTIA DA INCOMPETENCIA DOS GESTORES DO GOVERNO NA EDUCAÇÃO.
    POVO DESINFORMADO É MAIS FACIL DE MANIPULAR.

    EU PARABENIZO AOS PROFESSORES DE TODO ENSINO BRASILEIRO DE TODOS OS NIVEIS ,PUBLICOS E PRIVADOS,ALEM DA AREA DA SAUDE E SEGURANÇA PUBLICA,pois FAZEMOS MILAGRES.

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  4. Mara Farias: Perdoe-me, mas para criticar a gramática de alguém, escrever "pq" e não saber separar as vírgulas deveria ser algo imperdoável, não?
    Minha gramática não é perfeita e nem estou criticando a sua, apenas demonstrando sua hipocrisia.
    E outra, você quer "pobres trabalhando junto a elite". Como você imagina esse trabalho? Voluntário? Porque te garanto que se eles estiverem trabalhando junto a elite não serão pobres. Imagino que receberiam o mesmo salário do que é considerado "elite" por você.
    Você, que quer ver pobres trabalhando no topo, nem sequer considerou que a partir do momento em que eles subirem, deixarão de ser pobres?
    Assim como nossos médicos, que estudaram antigamente em escolas públicas e se formaram em universidades federais acham injusto ver seus filhos, que cursaram o ensino médio em escolas privadas, serem desqualificados de faculdades federais apenas porque tiveram a oportunidade de crescer na vida?
    Quer dizer que, para cada pobre que você deseja que ascenda junto as elites, o mesmo receberá seu ódio, desprezo e injustiça após fazê-lo?
    Sinceramente, não entendi o seu ponto.
    Acho injusto que minha mãe que foi empregada doméstica e sofreu para crescer na vida se veja obrigada a pagar cerca de R$ 2000,00 para uma faculdade privada para mim, só porque ela pagava R$400,00 por mês para que eu tivesse um ensino médio de qualidade. Haha, se eu fosse negra e com essa mesma renda, eu entraria por cotas em qualquer universidade federal. Cotas não separa por renda ou condição social, apenas pela cor.
    Tenho amigas e amigos negros em condições sociais melhores do que eu, e poderiam escolher usar as cotas para entrar em qualquer universidade, se desejassem. A minha sorte é que todos eles foram bem-educados e têm bom senso, ao contrário do que você parece ter. Muitos, mas MUITOS adolescentes em boa condição social se aproveitarão disso.
    O Enem, junstamente com o sistema de cotas, são mal estruturados em si.
    Ambos criam condições igualmente injustas em relação as que querem combater.
    Fora que, o Enem como método de avaliação existe sob a desculpa que estudantes de escolas públicas tem menos vantagem em quesito de conteúdo e qualidade do ensino do que estudantes da rede particular. No entanto, as questões do Enem pouco exigem no quesito de conteúdo. São quase todas interpretativas, e pouco dependem do estudo. Eu diria que dependem mais de um raciocínio lógico e centralização de argumentos e interpretações, e sempre sobre temas da atualidade e do dia-a-dia.
    Em quase nada é relevante a diferença do conteúdo ou do ensino recebido, o que muda é o quão a pessoa está acostumada a pensar e argumentar logicamente.
    Se fosse para ser assim, bastasse que transformassem os vestibulares em algo assim.
    No meu ver, é bem mais útil do que separar alunos pelo teor de conhecimento que os mesmos possuem.
    Saber resolver problemas, interpretar textos, entender a sociedade atual e saber o que ocorre no mundo ao seu redor é muito mais relevante do que pegar um livro didático de história e decora-lo. Qualquer um com tempo livre, disposição e nenhuma capacidade cognitiva pode fazer isso.
    Em resumo: Eu defendo a proposta de prova do Enem, mas considero sua mera existência injusta e preconceituosa, da forma com que vem sido aplicado.

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