se liga na minha poesia inédita "NOVOS DIAS" que em breve vai estar no cd de um grande grupo de Rap de São Paulo, como participação poética. O Preto Will quem fez a parada, aliás, obrigado pela gentileza.
abs.
Sérgio Vaz
NOVOS DIAS - SÉRGIO VAZ
“Este ano vai ser pior... Pior para quem estiver no nosso caminho."
Então que venham os dias. Um sorriso no rosto e os punhos cerrados que a luta não para. Um brilho nos olhos que é para rastrear os inimigos (mesmo com medo, enfrente-os!). É necessário o coração em chamas para manter os sonhos aquecidos. Acenda fogueiras. Não aceite nada de graça, nada. Até o beijo só é bom quando conquistado. Escreva poemas, mas se te insultarem, recite palavrões. Cuidado, o acaso é traiçoeiro e o tempo é cruel, tome as rédeas do teu próprio destino. Outra coisa, pior que a arrogância é a falsa humildade. As pessoas boazinhas também são perigosas, sugam energia e não dão nada em troca. Fique esperto, amar o próximo não é abandonar a si mesmo. Para alcançar utopias é preciso enfrentar a realidade. Quer saber quem são os outros? Pergunte quem é você. Se não ama a tua causa, não alimente o ódio. Por favor, gentileza gera gentileza. Obrigado! Os Erros são teus, assuma-os. Os Acertos Também, divida-os. Ser forte não é apanhar todo dia, nem bater de vez em quando, é perdoar e pedir perdão, sempre. Tenho más notícias: quando o bicho pegar, você vai estar sozinho. Não cultive multidões. Qual a tua verdade ? Qual a tua mentira? Teu travesseiro vai te dizer. Prepare-se! Se quiser realmente saber se está bonito ou bonita, pergunte aos teus inimigos, nesta hora eles serão honestos. Quando estiver fazendo planos, não esqueça de avisar aos teus pés, são eles que caminham. Se vai pular sete ondinhas, recomendo que mergulhe de cabeça. Muito amor, muito amor, mas raiva é fundamental. Quando não tiver palavras belas, improvise. Diga a verdade. As Manhãs de sol são lindas, mas é preciso trabalhar também nos dias de chuva. Abra os braços. Segure na mão de quem está na frente e puxe a mão de quem estiver atrás. Não confunda briga com luta. Briga tem hora para acabar, a luta é para uma vida inteira. O Ano novo tem cara de gente boa, mas não acredite nele. Acredite em você. Feliz todo dia!
O Projeto Poesia das Ruas é um sarau dirigido a rimadores e rimadorasdo Rap.É um espaço para o exercício da criação poética.
Sem música, MCs declamarão suas letras, compartilhando talento literário.Iniciativa do poeta Sergio Vaz, o Sarau do Rap é realizado em parceria com a Ação Educativa e acontece toda última quinta-feira do mês.
.
Fundador e coordenador do Sarau da Cooperifa, Vaz, pretende buscar,através da oralidade, um incentivo para a criação poética.
A literatura na periferia não tem descanso, a cada dia chega mais livros. A cada dia chega mais escritores, e, por conseqüência disso, mais leitores.
Só os cegos não querem enxergar este movimento que cresce a olho nu, neste início de século. Só os surdos não querem ouvir o coração deste povo lindo e inteligente zabumbando de amor pela poesia. Só os mudos, sempre eles, não dizem nada. Esses, custam a acreditar. Não quero nem falar dos saraus que estão acontecendo aos montes, pelas quebradas de São Paulo. Isto me tomaria muito tempo. Haja visto as dezenas de encontros literários, pipocando nas noites paulistanas. Cada qual do seu jeito, cada qual com seu tema, cada qual a sua maneira de cortejar as palavras. Mas eu quero falar mesmo e da poesia que se espalhou feito um vírus no cérebro dos homens e mulheres da periferia. Pois é, essa mesma poesia que há tempos era tratada como uma dama pelos intelectuais, hoje vive se esfregando pelos cantos dos subúrbios à procura de novas emoções. O Tal poema, que desfilava pela academia, de terno e gravata, proferindo palavras de alto calão para platéias desanimadas, hoje, anda sem camisa, feito moleque pelos terreiros, comendo miudinho na mão da mulherada.Vocês, por acaso, já ouviram falar do tal poema concreto? Pois é, os trabalhadores e desempregados estão construindo bibliotecas com eles, nas favelas. E o lobo mau pode assoprar que não derruba. Apesar da pouca roupa que lhe deram está se sentindo todo importante com sua nova utilidade. A periferia nunca esteve tão violenta, pelas manhãs é comum ver, nos ônibus, homens e mulheres segurando armas de até 400 páginas. Jovens traficando contos, adultos, romances. Os mais desesperados, cheirando crônicas sem parar. Outro dia um cara enrolou um soneto bem na frente da minha filha. Dei-lhe um acróstico bem forte na cara. Ficou com a rima quebrada por uma semana. A criançada está muito louca de história infantil. Umas já estão tão viciadas, que, apesar de tudo e de todos, querem ir para as universidades. Viu, quem mandou esconder a literatura da gente, Agora nós queremos tudo de uma vez! Dizem por aí que alguns sábios não estão gostando nada de ver a palavra bonita beijando gente feia. Mas neste país de pele e osso, quem é o sábio ? Quem é o feio? E olha que a gente nem queria o café da manhã, só um pedaço de pão. Que comam brioches!
Não, não é Alice no país da maravilha, mas também não é o inferno de Dante. É só o milagre da poesia.
nem a chuva foi capaz de atrapalhar a noite mágica de ontem, só não foi possível fazer em cima da laje, mas como chuva pouca pra nós é bobagem, fizemos na parte de baixo mesmo. Da hora.
O grupo a Família chegou em peso para o lançamento do clipe "faça por amor", e Bira, Crônia e Demis ainda fizeram uma à capela, a molecada edoidou.
Depois rolamos o filme "Várzea, a bola rolada na beira do coração", que aliás, um dos melhores documentários que já vi realizado na e para a periferia, queria escrever mais sobre isso, mas Nelson Maca já disse tudo em seu blog (www.gramaticadaira.blogspot.com).
Promovido tradicionalmente todo mês pela Associação Cultural Literatura no Brasil, com o apoio da Prefeitura de Suzano, o Trocando Ideias de fevereiro será realizado nesta terça-feira, dia 23, a partir das 20h, no Centro de Educação e Cultura "Francisco Carlos Moriconi"
(Rua Benjamin Constant, 682 - Centro - Suzano - SP).
.
Desta vez, o livro de poesia "Colecionador de Pedras", do poeta Sergio Vaz, foi escolhido para ser discutido entre os presentes. Serão abordados o conceito, o tempo e o espaço da obra, além do processo de construção dos personagens.
A facilitação do debate ficará na responsabilidade da historiadora e fanzineira Irlandia Freitas dos Santos.
Qualquer pessoa pode participar do debate, desde que tenha lido o livro.A entrada é gratuita e mais informações podem ser obtidas através dos telefones 11 4749-0384 / 7615-4394, com Francis Gomes.
Cinema na laje é um espaço criado pela COOPERIFA e que acontece quinzenalmente às segundas-feiras para exibições de documentários e filmes alternativos de todas as partes do Brasil e do mundo, exibidos gratuitamente para a comunidade. Também criado principalmente para dar luz ao cinema produzido pelos jovensda região, e levar cidadania através da sétima arte. O cinema Paradiso da periferia também conta com um lanterninha vestido a caráter para dar um charme especial no projeto.
A Entrada é franca. A Pipoca é grátis. E a lua sincera. . CINEMA NA LAJE APRESENTA: . VÁRZEA a bola rolada na beira do coração Um filme de Akins Kinte . Lançamento oficial do clipe "Faça por amor" de grupo A Família" . Dia 22 de fevereiro (segunda-feira) 20:30hs . Laje do Zé Batidão Rua brtolomeu dos Santos, 797 Chácara Santana Periferia-SP Inf. 83585965
. Alunos dos anos iniciais do ensino fundamental - crianças entre 6 e 10 anos - tiveram de sentar no chão no início do ano letivo em um colégio estadual da região do Capão Redondo, zona sul da capital. Em obras, a Escola Presidente Café Filho abriu as portas para receber, em sete de suas 24 salas de aula, os estudantes em espaços vazios, sem mesas nem cadeiras. Com apenas um papel pardo isolando os alunos do piso frio da classe, que faz parte de um prédio novo erguido para a escola, os alunos ainda foram dispensados ontem à tarde após duas horas de aula, pois o refeitório da unidade também não está pronto. Foi servida às crianças merenda “seca”, como sucos prontos e bolachas. De acordo com uma professora, a diretora havia informado anteontem que o ano começaria mesmo sem todas as salas de aulas com o mobiliário, pois havia a necessidade de cumprir 200 dias letivos, total obrigatório por lei. Os cinco milhões de alunos da rede estadual paulista voltaram às aulas ontem em cerca de 5 mil unidades. Em alguns locais, o ano letivo já começou com previsão de aulas aos sábados, em razão do calendário apertado de 2010. “A ordem que recebemos foi para acolher essas crianças mesmo assim. O que sabemos é que a diretora pediu, mas as coisas (mobiliário) não vieram”, afirma uma professora, que pediu para não ser identificada por temer represália. Segundo ela, no caso principalmente de turmas do primeiro ano do ensino fundamental (crianças com 6 e 7 anos), a recepção na volta às aulas requer cuidados extras, para que o aluno se sinta integrado ao ambiente escolar. “Tentamos sentar no chão com eles para que não se sentissem rejeitados. Se acontecer isso, eles se recusarão a participar e terão dificuldades na alfabetização”, diz a professora. “É muito humilhante e algo muito sério.” A recepção das crianças em salas de aula vazias foi constatada pessoalmente, na tarde de ontem, pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL). O parlamentar afirma ter ido ao local após uma denúncia da comunidade escolar. “Fizemos uma diligência e fotografamos o que estava acontecendo na escola. Vamos entrar com representação contra a secretaria no Ministério Público e levar o caso também à comissão de educação da Assembleia”, diz Giannazi. Em resposta à reportagem, a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo diz que a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), órgão executor das obras da pasta, “garantiu” que o mobiliário será entregue até a manhã de hoje, “antes do início das aulas”, na Escola Estadual Presidente Café Filho, localizada no Jardim Ipê, região do Capão Redondo. De acordo com a FDE, “houve atraso na entrega deste mobiliário devido às fortes chuvas que antecederam o início das aulas”. Em relação à carga horária reduzida, isso teria ocorrido porque “alguns professores não compareceram para o primeiro dia de aula”, o que “não se repetirá nesta sexta-feira (hoje)”, segundo a Coordenadoria de Ensino da Região Metropolitana da Grande São Paulo (Cogesp).
Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi
Rua Benjamin Constant, 682
Suzano– Centro - SP
.
O Pavio da Cultura é um sarau cultural com música, literatura, cinema, teatro e dança, que virou tradição na cidade de Suzano, sendo realizado todos os sábados em um centro cultural da cidade. Nesta edição o poeta Sergio Vaz será o homenageado do mês.
. Haverá exibição do "Vídeo-Literatura", documentário que conta com 8 escritores da Associação Cultural Literatura no Brasil interpretando seus próprios textos, entre contos, poesias e cordel.
.
Os interessados em se apresentar devem chegar com 30 minutos de antecedência.
Outras informações:(11) 4747-4180. Contatos escritor Sacolinha(11) 7348-0400
Boca suja - Sergio Vaz . Porra caralho, a fome é foda.
. Respeitar o que, seus filhos da puta? Ficam aí cagando leis no caminho da gente...
. É isso mesmo: vão pra puta que pariu! .
Bando de cuzão.
. Ontem vi seus eleitores pedindo esmola na calçada, tinha até criancinha. .
Não viu não, seu merda? .
É isso mesmo, boca vazia fica nervosa e suja fácil.
. Vão tomar no cu. .
Agora eu é que sou indecente. Sei... .
Ainda tem uns cu de burro que tem coragem de ir à missa no culto rezar pra cristo ajudar. É um milagre que o povo não se revolte e coma as vísceras dessas hienas. E deus, tá fazendo o que que não vê isso? Não rezo. Pra ninguém. .
Criança comendo resto de comida e os vermes vendendo pedaço de céu. Os putos não dão um puto pro pedaço de pão e ainda bota tudo na conta do pecado. Eu é que não digo amém. .
É foda uns roubam pra comer e uns comem pra roubar, e quando acabar o suspeito sou eu. .
Não, ninguém tem culpa, a culpa é minha que só sei cuspir palavras de baixo calão.
. . BOCA DE OURO - Sérgio Vaz . O Filé na panela tem a faca e o queijo, mas só dá mortadela Barriga vazia, favela Barriga cheia, tramela! . Mente vazia camela o diabo, toma conta dela. Se cabeça farta, nivela, nem sandália de prata pode com pé-de-chinela. . Mas se vê estrelas da janela e não une os versos, As portas se fecham para elas. E se na luz do dia, você luz de vela
Cinema na laje é um espaço criado pela COOPERIFA e que acontece quinzenalmente às segundas-feiras para exibições de documentários e filmes alternativos de todas as partes do Brasil e do mundo, exibidos gratuitamente para a comunidade. Também criado principalmente para dar luz ao cinema produzido pelos jovensda região, e levar cidadania através da sétima arte.
O cinema Paradiso da periferia também conta com um lanterninha vestido a caráter para dar um charme especial no projeto. A Entrada é franca. A Pipoca é grátis. E a lua sincera.
.
CINEMA NA LAJE APRESENTA:
.
VÁRZEA a bola rolada na beira do coração
Um filme de Akins Kinte
.
Lançamento oficial do clipe "Faça por amor" de grupo A Família"
*A Academia Brasileira de letras adverte: o sarau da Cooperifa é o pior sarau de São Paulo e faz mal a saúde. este sarau contém mais ou menos 300 substâncias poéticas e companherismo que causa dependência física ou psíquica. Não existe níveis seguros para consumo destas substâncias. Assista novelas.
Pois é povo lindo e inteligente deste país, depois de mais um ano de espera ,até que enfim é Carnaval. Dizem alguns que no país o ano só começa depois das folias de Momo. Para alguns eu acho que sim, para outros acho que o ano nunca começa como devia ter começado. Mas enfim, como a vida sempre desafina, são aqueles que seguram as cordas é que mantem os trios életricos nos trilhos.
O Carnaval é o Prozac do país, por onde quer que você olhe as pessoas estão felizes. Ou parecem que estão. Sei lá, deixa a cuíca roncar, não quero atravessar o samba de ninguém, só queria entender o refrão.
Nunca fui um folião do tipo confete e serpentina, ou Pierrot diante de qualquer Colombina, o samba nunca esteve ou passou pelos meus pés, sambando estou mais para o robocop.
Passista frustado, as minhas fantasias coloco na vida real.
Sem brilho nenhum, nunca tirei dez em nenhum quesito qualquer, mas apesar da falta de ginga, como quase todo brasileiro, também gosto de Carnaval.
Pena eu não ser uma cria da avenida como realmente gostaria de ser. Queria que cada veia minha fosse uma corda de cavaquinho, e mesmo sem saber batucar em caixa de fósforo, já quis ser mestre de bateria e atear fogo no ouvido da multidão. Mas tenho que admitir que estou muito mais para quarta-feira de cinzas do que praça da apoteóse.
O Carnaval é quando o povo decreta a felicidade, nem que seja apenas, por quatro míseros dias.
Falando em escolas de samba -essa beleza fantástica criada pelas mãos calejadas e abençoadas pelo suor do povo brasileiro-, parece que elas saíram das aventuras do livro de Ariano Suassuna “A pedra do reino", e os seus personagens parece que foram escritos especialmente pela alas dos compositores Mário Quintana do cavaco, Manoel de Barros do pandeiro e Eduardo Galeano do morro da poesia.
Se liga nos nomes que atravessam a avenida com uma caneta atravessa o papel: pavilhão, mestre-sala e porta-bandeira, ala das baianas, harmonia, evolução, mestre de bateria, rainhas e princesas, carro alegórico, tamborim, alegoria, abre-alas, comissão de frente, velha-guarda, e por aí segue o poema.
Essas palavras, todas elas, rimam com gente simples, que é um outro poema bonito de se ler.
Por ter sido sempre da ala da melancolia, o carnaval soa pra mim como um velho samba antigo na voz triste do mestre Cartola, e o meu coração, esse puxador de samba da memória, mais parece um velho palhaço perdido no meio do salão.
Nesse mundão velho e fora de ritmo, o povo brasileiro é o único que consegue transformar sofrimento em festa, sem usurpar a alegria de ninguém.
E com o suor pisado no rosto e o sangue escorrendo nos pés, a gente entoa um mantra do Jair Rodrigues como se implorasse aos céus:
SÃO SÓ 9 ANOS FAZENDO POESIA NA PERIFERIA DE SÃO PAULO
.
HOJE
.
Bar do Zé Batidão
.
21hs
.
Endereço: um lugar afastado do centro
perto do coração das pessoas
.
.
.
*A Academia Brasileira de letras adverte: o sarau da Cooperifa é o pior sarau de São Paulo e faz mal a saúde. este sarau contém mais ou menos 300 substâncias poéticas e companherismo que causa dependência física ou psíquica. Não existe níveis seguros para consumo destas substâncias. Assista novelas.
queria que vocês desse uma olhada no novo clipe do Grupo A FAMÍLIA, "faça por amor" que acaba de ser lançado no cenário do rap nacional. Sou meio suspeito pra falar deles, sou fã e amigo, mas ficou muito bom, além do mais, é poesia pura. E não há nada que a poesia toque que não fique da hora. O Crônica é desses poetas que emprestam a alma ao poema, e quem ganha com isso somos nós, os desalmados de alma lavada. Parabéns, a gente bem que estava merecendo um som assim: forte e com ternura.
nesta segunda-feira de calor escaldante fiz um puta rolê pelo centro de metrô, pois é, andar de carro em sampa num sol desses, só para quem tem paciência e ar-condicionado.
Pela manhã fui ver a inauguração da biblioteca São Paulo no Pq. da Juventude, onde era o antigo presídio carandiru, na zona norte, sei lá, mil histórias ruins, melhor uma biblioteca.
Chegando lá muita gente, trombei até o Marco Pezão, mas muito político, saí fora rapidinho. Espero que funcione com atividades, biblioteca sem atividades é cemitério de livros.
Saí de lá fui na Ação Educativa e me esbarrei no na Ingrid, Criolo Doido, Elizandra, Eleílson e o Adriano e fomos de bonde para o Bixiga, bairro do centro, conhecer a nova loja do Buzo. A loja é da hora, bem arejada, do jeito do Buzo e da Marilda, boa sorte, eles que trabalham muito, merecem.
De lá corri para a galeria 24 de maio para dar um giro, comprar uns cds de música antiga, cumprimentar uns amigos, e coisa e tal até dar 19hs, pois esse era o horário para começar o filme Várzea, do Akins Kinte.
E por falar no filme, achei o doc muito louco, uma película periférica que nos reprenta, uma puta homenagem ao futebol de Várzea, uma cultura ainda muito forte na periferia brasileira. Parabéns.
Ah, lá, mais gente da hora, linda e inteligente, como a gente é, como sempre foi, só que reunida para assisitr a nossa produção cultural que não para de ousar. É tudo nosso!
Pra finalizar só uma cervejinha gelada na Santa Cecília com a rapaziada (Ciríaco, Nóog, ligia, Lids, Tcaçula, dill)porque ninguém é de ferro, né não?
É isso. Em plena segunda-feira um rolê de sexta. A Poesia não para. Nem eu.
No último dia 2 de abril, segunda-feira, uma bala perdida encontrou mais uma criança em seu caminho, e para a nossa tristeza, a pequena Jenifer, de apenas três anos de idade, não resistiu ao ferimento e faleceu na sexta-feira, em Itapecerica da Serra.
Nesse mesmo dia, essas mesmas balas perdidas vitimaram outras duas crianças no estado de São Paulo. Que saudades das balas Juquinha...
Sabe quem está matando essas crianças? Somos nós, Os tais pagadores de impostos. A tal civilização do século vinte um. Nós, os seguidores de cristo, que as tratamos como pequenos demônios.
A tal turma do bem que liga para um número 0800 do criança esperança e transfere a responsabilidade para um rede de televisão. Aliás, Deus vê tv?
A sociedade como um todo aperta esse gatilho e tem o sangue delas nas mãos. O cheiro da pólvora infesta nossas narinas e nos comportamos como quem não tem nada a ver com isso. O nosso silêncio é co-autor desses crimes, e não importa a veracidade dos nossos álibis.
Jenifer poderia ser bailarina, médica, engenheira, dentista ou simplesmente ter um futuro, mas por conta do nosso instinto homicida, ela é apenas um número de estatística... um triste número de estatística.
Um número no atestado de óbito. Um número na placa do cemitério. E a não ser pela família, um número para ser esquecido.
Pelo que sei a mãe era catadora de papel, talvez por isso não houve nenhuma passeata pela paz, no parque do Ibirapuera. Parece clichê, mas não é, a carne do pobre é a mais barata do mercado.
Dizem que o homem é a imagem e semelhança de deus, se isso é mesmo verdade tenho até medo de pensar como é o inferno.
O filósofo frances Jean Paul Sartre dizia que "o inferno são os outros", que nada, o inferno somos nós.
o sarau da Cooerifa de ontem foi uma noite como deveria ser todas as noites deste país:maravilhosa. Todo mundo junto e misturado. E sem mais para o momento.
recebemos a visita do poeta Miró e do escritor marcelino Freire. Quem também deu o ar da graça foi o grupo de teatro Clariô, aliás, sábado vamos lá para ver o espetáculo. A Comunidade também chegou chegando. Da hora.
Choveu pra caralho em São Paulo, mas não caiu uma gota na quebrada, acho que São Pedro, esse aguaceiro FDP, quis que o sarau rolasse tranquilo longe de enchentes. E assim foi. Até a lua apareceu.
É isso. Mil volts. Mil e uma atividades.
.
Abs.
Sérgio Vaz
Wésley Nóog
Lu Souza e Rose
Zé pompeu e Cocão e uma tubaína no copo (pode crer)