sexta-feira, 16 de abril de 2010

DEBATE-SARAU NO CENTRO CULTURAL SP ACABOU EM SAMBA

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AÇÕES LITERÁRIAS NA COMUNIDADE
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Povo lindo, povo inteligente,
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ontem participei do "Seminário Municipal de Bibliotecas" no Centro Cultural de São Paulo promovido pela Secretaria de Cultura do município. Composto por bibliotecário(a)s o encontro tinha como objetivo discutir ações e medidas para atrair as pessoas às bibliotecas, e principalmente aos livros.
Fui convidado para falar sobre a Cooperifa e como a gente está conseguindo fazer com que as pessoas, através da palavra oral, cheguem iminentemente à literatura. Disse a todos e todas que o principal de toda iniciativa, é o entusiasmo. Sem ele, impossível.
É difícil falar de incentivo à leitura sabendo que nos bairros mais populosos como os da região sul, muitos com mais de 500 mil pessoas, não tem bibliotecas. E as poucas que existem são de iniciativas comunitárias como a do Ferréz e do Zé Batidão, só para ficar nesses exemplos, mas sem que tem mais .
Contra eles(a)s também pesam a burocracia da máquina pública, e por incrível que pareça, para nós que temos iniciativas nas ruas é um pouco mais "fácil".
Por exemplo: quando a gente quer fazer a Chuva de Livros (distribuição de livros na Cooperifa) a gente pega e faz, não precisamos mandar ofício para nenhum departamento.
O estado tem que ser mais flexível quanto a estas iniciativas, facilitar o encontro das pessoas com o livro. Depois quero falar mais sobre isso.
Após o bate-papo agradável da mesa, fizemos um sarau com alguns convidados, bom, aí já viu, né? Foi uma bagunça geral. A Poesia comeu miudinho na nossa mão, e com o entusiasmo da platéia que ocupou o palco junto com a gente, tudo acabou em samba. Acabou em festa, como a litertura deve ser. Festa!
Literatura pra mim é a celebração das palavras, o resto é arrogância de gente que acha que sabe mais que os outros. Gente fácil que fala difícil.
Se já não bastasse fazer novos amigos, fiquei sabendo que meu livro "Colecionador de pedras" está em todas as bibliotecas. Da hora!
Aliás, já disse antes, literatura não tem nada a ver com cultura, e sim com saúde, porque "quem lê enxerga melhor."
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É isso. Na luta, sob a benção das ruas.
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Sergio Vaz
Vira-lata da literatura



Povo lindo, povo inteligente

Fábio boca


Fino

Marco Pezão

Luiz Henrique

JB (NSN)

Cocão

Raquel

Jairo








Wésley Nóog


literatura é festa...

a celebração das palavras

é nóis!

5 comentários:

  1. Que deliciaaaa Sergio!!! Só pelas fotos, já dá pra ter idéia de como foi loko.... Fico muito orgulhosa em fazer parte dessa familia... Abraço

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  2. Salve amigo Sergio ,aqui é o Mamba,não esta dando pra colar na cooperifa irmão estou seguindo essa sua frase"quem lê encherga melhor"estou estudando pra poder falar "errado" pra passar no vestibular,vendo essa fita lembrei de uma frase dos manos do facção central "uma biblioteca pública pra 3 milhões na zona sul...",penso amigo agente não tivesse uma cara como vocÊ agente tava fudido,não é para encher sua bola não mano,mas nossa educação deveria ter a mão do Estado,mas infelismente não tem,muitos de nós queriamos ter várias biblioteca do Estado em cada quebrada,mais esse tipo de educação não vem pra nós,a estrutura de umas biblioteca é super avançada de primeiro mundo,enquanto onde se encontra um maior número de pessoas biblioteca não existe e quando ficamos muito felizes com as atitudes do Ferréz,de algumas pessoas por outra quebrada e até mesmo à cooperifa que tem uma biblioteca no barzinho e falando nisso tenho um livro que vou devolver lá,então o avanço,a modificação positiva que teve o centro uma acho muito bom,é coisas para agradecer mesmo,mas infelismente quem é da periferia não pode agradecer,porque não é do centro e isso é a realidade dos pés no chão.Não tem como deixar de comprar um botijão de gás para ir ao centro e lê,já é difícil a periferia colar no centro para se divertir,mais dificíl é comer livro lá e passar fomo em casa,veja o diferencial,aqui na periferia engolimos livros e alida sobra uma grana para alimentar a verme rs.Olá o progresso que seria bibliotecas na comunidade.Não vai adiantar pessoas que tem tudo na vida,querer dar de solidário com a comunidade e assim se achar completo com as migalhas,boa ação,assistencialismo para com a massa proletária.
    Infelismente acredito que muitas dessas pessoas não querem mudança,se quisessem as ações dos mesmo seria direto em Brasilia,exercento toda a influência,o conhecimento,a ética afim de melhoras intelectual para os branco pobres e os negros pobres das periferias.Entanto pensarem em morrer concentrando poder nas mãos o Brasil sera sempre um país periferico mas no sentido global.Para a minha sorte,existe facção central com palavras que fazem agente ir para escola,caderno,livro,Capulanas,umoja,resistindo com a cultura nordestina,cultura afo-brasileira e com conciência racial afim de expor preconceito e resistÊncia isso deixa adimiração no peito.ver os trampos dos poetas da periferia na cooperifa armados de poesia isso é dahora,aprender ler partindo da realidade,com uma cronica do Ferréz,Alexsandro Buzo,Sergio Faz é gratificante mesmo.Constatimente fujo da estatistica,como negros que fugiam da morte no cativeiro,cada dia agradeço por não ser um número como muitos pretos que nasceram comigo,tem uma faxineiro que trabalhou muito centro e um pedreiro que construiram muita coisa no centro que também me fazem lutar,quando criança tomei um tiro de policial civil,mas esse tiro no braço esquerdo não me fez desistir e hoje levando esse braço esquerdo para contestar e dizer que criança DA PERIFERIA tem que ter educação igual à de qualquer outra pessoa.Cada conquista de minha vida muitos homens e mulheres tem participação e vocÊ contribui cada dia com isso mano.Hoje a poesia anda comigo,muitos paradigmas foram e estão sendo reconstruidos.Logo mais estou na cooperifa para falar também que aqueles pequenos acervos de livros me ajudaram em muito rs.

    Ai tá vendo a fita,tô até manjando rabicar errado o bagulho é só da um liga no bagulho ai tá ligado?maloca logo mais se aperfeiçoara à trocar idéia errado,pra ter voz e não ser tese de gente que acha que favela é moda e fica na vivência do bang e já quer fazer tese,aprender pra ser protagonista se não é osso,né não irmão?
    Obrigado por sonhar com agente!

    Família cooperifa faz!salve Jairãoooo!!!tô estudando mano!

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  3. Realmente foi loko ver a periferia representada, mostrando que tem vontade e quer sim estrutura e livros nas quebradas...não tamo de chapéu na parada não... como diz um vira lata : a literatura não é sagrada; porém sabemos a sua importância.
    Por isso que os projetos como Cooperifa, Sarau da Brasa, Ademar, entre outros devem ser valorizados!
    Mais que invadir o centro, é tentar trazer o que é de bom pra quebrada!

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  4. Hilda Márcia (educadora Centro Cultural, Poços de Caldas)21 de abril de 2010 às 08:47

    Ahh, esqueceu de comentar sobre suas duas novas esposasssssssss, assim me deixou triste..Brincadeirinha...
    Foi maravilhoso mesmo esse encontro pena nos eramos de minas tinhamos q sair mais cedo pra pegar o buzão...Rs. Veleu adoreiiiiiiii seu relato..

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