COLECIONADOR DE PEDRAS: COLISÃO LITERÁRIA NA BAIXADA FLUMINENSE

Rolê literário no RJ: Nova Iguaçu, Nova Era, Morro Agugo (Enraízados),

Miguel Couto, Projeto "ler é 10" e Complexo do Alemão

Povo lindo, povo inteligente,

na quinta-feira (14) embarquei para Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, a convite do meu amigo Écio Sales, secretário de Cultura, para participar de vários eventos literários programados para o final de semana. Que tem a co-realização do projeto Enraízados dos amigos Dudu de Morro Agudo e o Dumont.

Na sexta-feira pela manhã participei da "Libertação de livros" na Baixada, onde aconteceu a distribuição de livros, gratuitos, no Cabuçu, que é parecido com a Chuva de livros e natal com livros que acontece na Cooperifa. À noite fui assistir uma roda de conversa no centro Cultural Sylvio Monteiro com os escritores "Marcus faustini" e Braulio Tavares, mais alimento pra alma.

Sábado pela manhã junto com Pedro Markun "Livro livre" recebemos o reforço do Alessandro Buzo, Marilda e do escritor Luiz Rufatto e fomos distribuir livros em Morro Agudo e Miguel Couto no coração da baixada Fluminense, outra atividade da hora, e de quebra ainda conhecemos a "Escola livre de cinema" que também fica em Miguel Couto. Daria um filme.

Como não conhecia a baixada, foi um experiência maravilhosa. Quebrada nervosa parecida com a periferia de Sampa, e também com a mesma intensidade cultural.

À noite fomos assistir a Roda de conversa no CCSM com Luiz Ruffato, Muduan, Heloisa Buarque e Lula Marques, que abordava o tema "literatura na lasse C". Polêmico, mas muito proveitoso também.

Após a roda fizemos um encontro de Saraus, com o grupo Corujão, Cooperifa e poetas da baixada e então a poesia tomou conta do centro Cultural. Nada mais justo.

Ainda trombamos o Alexandre de maio que dá curso no Enraízados, com o Júlio Ludemir, Marianna, Vitor e acabamos indo tomar umas cervejas depois do evento. Ou, se preferirem, molhar as palavras.

Domingo pela manhã fomos convidados para conhecer o projeto "ler é 10" do meu amigo Otávio jr. no Complexo do Alemão, na cidade do Rio.

O projeto é maravilhoso, e tivemos a oportunidade de conhecer as crianças que estão sendo alimentadas, como ele mesmo diz, pela "Pílula da imaginação" que nada mais é, do que a literatura.

A Literatura é mesmo a uma coisa maravilhosa, no Morro do Alemão, naquela loucura do sobe e desce das vielas, um Quixote ensina crianças a sonhar moinhos de ventos.

Ah, na verdade a tal pílula da imaginação são balas que ele distribue antes das histórias começarem, para a ssociar a literatura com a doçura que ela é, mas que os adultos dizem que não.

Já disse antes, sou uma pessoas privilegiada, faço poesia, e ainda por cima tenho a oportunidade de conhecer pessoas e lugares que parecem poemas.

" A periferia nos une pela cor, pela dor e pelo amor."

A Baixada Fluminense o Complexo do Alemão me deram a certeza que a literatura pode transformar e unir pessoas, e que as palavras precisam ser praticadas, senão... são só palavras.

Parabéns a todas pessoas envolvidas no evento.

Sede do mundo,

Sergio Vaz

Vira-lata da literatura