SARAU RAP

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A POESIA NÃO DA DESCANSO

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FAMÍLIA SARAU RAP

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Povo lindo, povo inteligente,

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eis minha família do sarau rap, os manos e as minas, mó orgulho de fazer parte de tudo isso. Sou um poeta de sorte. Não vivo de poesia, vivo pra ela. É só.

A Poesia infiltrou-sem em nossa mente, nem os intelectuais podem explicar este fenômeno: nóis, os analfabeto, praticar literatura. É do aralho, não é?

É a poesia meus irmãos, é a periferia, não a dos editais, mas a que emerge da fome, da sede e da fúria.

Aquela que sonha com as mãos, e está de saco cheio de teses e teorias sobre a existência.

É a periferia que está cansada de pedir, mas que não se cansa de viver por conta própria, e caminhar com os pròprios pés.

A perifa dos pretos, dos brancos não racistas de gente de todas as dores, e todas as cores. E Ela estava lá, ainda que não toda, mas representada por estes guerreiros e guerreiras que acabam de fundar mais um família em torno da poesia: a família sarau rap.

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É isso. Quem quiser que vá reclamar com o papa. Cansei de discurso. Mó feliz.

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Sérgio Vaz